Artistas Usher e Jay-Z investem em start-up de catering

Usher juntou-se a Jay-Z, e a muitos outros investidores famosos, para financiar um negócio que resultou de uma parceria entre a incubadora gastronómica da sua mãe, Jonetta Patton, e a start-up de fornecimento de refeições para escritórios, a Hungry.

Quando Jonetta Patton abriu a incubadora J’s Kitchen Culinary, um lugar para os chefs de Atlanta aperfeiçoarem as suas capacidades e partilharem recursos, o ingrediente mais difícil de encontrar foi o cliente. Então, a mãe de Usher decidiu formalizar uma parceria com Nina Mahmoudpour, diretora de operações da Hungry – uma start-up que liga chefs a empresas que procuram refeições.

Na altura Nina desconhecia um pormenor: a empreendedora era mãe do cantor Usher. “Eu estava tão animada que liguei para Ursher e disse: ‘É um grande negócio. Tem de se juntar a nós´”, lembra. O filho de Patton concordou imediatamente.

A Hungry fez, então, uma parceria com a J’s Kitchen e Usher surgiu na ronda de investimento da série A de 8 milhões de dólares (cerca de 7 milhões de euros), ao lado de artistas como o jogador de futebol americano Ndamukong Suh e o rapper Jay-Z (via Marcy Venture Partners), que foram acompanhados por veteranos da indústria de alimentos, como o ex-CEO da Whole Foods, Walter Robb, e o dono de restaurantes Tom Colicchio. A Sands Capital Ventures e a Motley Fool Ventures lideraram a ronda.

Com o novo financiamento, a Hungry angariou 12,5 milhões de dólares (11,2 milhões de euros) desde que foi criada, no final de 2016, por Eman e Shy Pahlevani.

Hungry: a plataforma que liga chefes de cozinha a empresas

Qualquer chef profissional numa cozinha comercial licenciada pode candidatar-se à plataforma. A Hungry faz o filtro e prova cada prato. Uma vez admitidos, os chefs cozinham as refeições e a Hungry fica responsável pela logística. A empresa opera em Filadélfia e em Washington, D.C., e prevê recorrer ao fluxo de caixa para financiar a expansão para outros territórios, incluindo Atlanta.

“O que a Uber fez no transporte, a Hungry está fazer com chefs de cozinha talentosos”, explicou Eman Pahlevani à Forbes. “Estamos a permitir que definam as suas próprias horas, façam os seus próprios menus… A app dá-lhes mais tempo para estarem na cozinha a fazerem o que gostam, que é preparar pratos incríveis”, acrescentou.

Os Pahlevanis fundaram a Hungry depois de se cansarem do que consideravam um número interminável de opções pouco saudáveis ao procurar formas de fornecer refeições aos funcionários da sua última start-up, a empresa de segurança LiveSafe. Através deste processo, encontram um mercado de catering corporativo avaliado em 25 mil milhões de dólares (22,4 mil milhões de euros).

Depois de levantar vários milhões em financiamento, os Pahlevanis procuraram investidores. Eman conhecia o chef pessoal de Jay-Z e Beyoncé, Brandon Crowe, e deu-lhe a conhecer o progresso da Hungry. À medida que o negócio crescia, Crowe conversou com os seus patrões sobre investimento.

A altura acabou por ser bastante favorável. Jay-Z tinha acabado de dar início a um fundo de risco, o Marcy Venture Partners (depois do projeto habitacional de Brooklyn). O seu sócio nos negócios, Larry Marcus, trabalhou com os Pahlevanis neste processo e a Hungry foi o primeiro investimento da MVP.

A Hungry registou um crescimento de 1 milhão de dólares, no início de 2018, para 6 milhões de dólares (5,3 milhões de euros), no final do ano. A empresa prevê uma receita entre 15 a 20 milhões de dólares (13,4 a 18 milhões de euros) em 2019.

Enquanto isso, alguns chefs angariam entre 20 mil a 30 mil dólares (18 a 26 mil euros) por mês na plataforma – o que pode ser uma opção mais apetitosa do que tentar começar o seu próprio restaurante ou trabalhar na cozinha de outra pessoa.

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