Academia do Comércio: o vencedor e o rescaldo da iniciativa

Terminou ontem, dia 18 de julho, o programa da Academia de Comércio onde participaram 16 start-ups portuguesas de ramos diferentes. Neste evento, onde as start-ups tiveram oportunidade de apresentar a sua ideia perante um júri, foi escolhido um projeto vencedor.

Passado quase um mês do início da Academia do Comércio, houve um “salto qualitativo enorme”. Quem o diz é Carla Salsinha, diretora da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS), que abriu o evento que premiou uma das 16 start-ups que integraram a iniciativa.

Marta Miraldes, representante da SBI Consulting e fundadora da Academia de Comércio, mostrou-se animada com os resultados conseguidos pelas start-ups.

Durante 20 dias e mais de 150 horas de trabalho, 27 oradores e 26 mentores externos à Academia ajudaram as 16 start-ups que fizeram parte desta iniciativa.

O vencedor desta primeira edição do programa de revitalização do comércio tradicional foi a Koala Rest, que vende colchões à medida do cliente. “Forma inteligente de encontrar um sono de qualidade” é o mote da empresa que não tem loja física nem intermediários. A inexistência de nenhum deste canais tem como objetivo transferir a poupança para o cliente. Os colchões, 100% portugueses, foram avaliados pelos clientes, numa escala de um a cinco. O futuro da Koala passa por expandir o negócio para Espanha e ter um “showroom” em Lisboa até ao final do ano. O lugar no pódio garantiu a esta start-up um programa de incubação na Startup Lisboa durante seis meses, acompanhamento estratégico da SBI Consulting e apoio em relações públicas.

Foram também entregues três menções honrosas a start-ups:

Pop the Bubble: Fundada por Dina Horta e lançada em 2015, esta start-up criou uma plataforma agregadora online de acessórios de “lifestyle”. Com uma faturação de 58 mil euros em 2017, exportações para 20 países diferentes e com a abertura de duas “Pop Up Stores” em Lisboa e Londres, entre este ano e o próximo, a Pop The Bubble foi mencionada pela possível escalabilidade de negócio. Para o ano, Dina Horta prevê uma faturação de 128 mil euros.

Atelier Encaixe: Sob a menção da valorização do saber fazer, o Atelier Encaixe, que dá “workshops” na área do “faça você mesmo” (DIY – “Do it yourself”) e que vende ceras que “nutrem e protegem” a madeira, diz ter ganho bastante com o programa da Academia do Comércio. Em termos de resultados desta iniciativa, a start-up diz ter conseguido expandir-se para Espanha e para Inglaterra.

Armazém das Malhas: Inspirados pelo avô, os dois irmãos, Tiago e Tomás Marques, revitalizaram o antigo negócio de família, o Armazém das Malhas. Com uma nova cara e uma nova ideia de consciência para um mundo mais sustentável, a start-up ganhou a menção de “valorização do comércio tradicional”.

As restantes 12 start-ups mostraram-se agradecidas à iniciativa que as ajudou a desenvolver o seu negócio e a lançarem-se ao mercado com maior eficácia. A lista a seguir enumera as empresas que, apesar de não terem ganho nenhum prémio, aperfeiçoaram os seus modelos de negócio.

ALOJA DO AL – Alojamento local

Bicho do papel – Negócio local de colecionismo

Bistrô da Bekas – Mercearia

Differente Style – Roupa para mulheres motards

Fair Bazaar – Plataforma agregadora de produtos de lifestyle

Food Central Market – Plataforma agregadora de comida

La Folie Sewshop – Cowork de costura

Loa, the olive world – Loja física e online do melhor azeite português

Magic Portugal – Souvenirs da cidade de Lisboa

Malta & Cª – Redes de criativos

Mona Lili – Retalho / Roupa

Olivia Jeans – Retalho / Roupa

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