Opinião

A importância da formação em gestão escolar

Lurdes Neves, investigadora e docente no ISG*

Em qualquer profissão, a expressão de maior relevância do momento é atualização contínua e na Educação não é diferente e configura-se na necessidade de formação contínua dos professores. Para todos, nos vários níveis de Liderança Escolar, desde a liderança do Diretor de Turma, dos Projetos, às Coordenações de Departamento e Direção de Escolas num contexto Público ou Privado ou de nível Básico, Secundário ou do Ensino Superior.

Afinal, a maior parte dos professores desenvolveram na sua formação de base competências específicas relacionadas com a dimensão científica do seu grupo disciplinar e o perfil do aluno do século XXI bem como os desafios constantes da sociedade atual exigem diferentes competências pessoais e interpessoais para o desenvolvimento de um trabalho profícuo com toda a comunidade educativa.

Um professor com funções de liderança que esteja bem formado faz toda a diferença nos resultados da escola e no desempenho dos alunos. Uma boa formação contínua como a proporcionada pelo ISG envolve práticas e estratégias adaptadas à realidade de cada Escola e que possibilitem o levantamento de necessidades específicas e o desenvolvimento de diversas competências ajustadas a cada nível de liderança da Escola em simultaneamente possibilita a atribuição de créditos das horas totais enquanto formação especializada através da sua acreditação pelo CCPFC/CFE-3368/19.

A gestão escolar dos sistemas de ensino constitui uma dimensão da atuação na estruturação organizada e orientada da ação educacional promotora da organização, da mobilização e da articulação de todas as condições estruturais, funcionais, materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio educacionais.

Como refere  Azanha (1995, p. 24):  “Só a escola, com o seu diretor, o seu corpo docente, os seus funcionários, as suas associações de pais têm que examinar a sua própria realidade especifica e local efazer um balanço das suas dificuldades e se organizarem para vencê-las. Não há planos de melhoria empacotados por qualquer outro órgão que possa realmente alterar, substantivamente, a realidade de cada escola se a própria escola não for capaz de se debruçar sobre os seus problemas, de fazer aflorar esses problemas e de se organizar para resolvê-los (…)”

Azanha, J. M.P. (1995). Educação: temas polêmicos. São Paulo: Martins Fontes

*Presidente do Conselho Geral e Coordenadora Científica da Pós-Graduação em Gestão Escolar do ISG

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Lurdes Neves realizou o Doutoramento em Psicologia, com especialização em Psicologia da Educação. Áreas de Especialização em Psicologia da Educação, Psicologia das Organizações, Orientação Vocacional e do Desenvolvimento da Carreira e Coaching Psicológico.
Foi Coordenadora de Gabinetes de Apoio ao Docente em Agrupamentos de Escolas. Especialista em formação nas áreas de Liderança, Avaliação de Desempenho, Gestão de Trabalho em Equipa, Gestão de Conflitos, Formação Pedagógica Inicial e Contínua de Formadores, Diagnóstico, Conceção, Avaliação e Gestão da Formação, Motivação, Liderança de Equipas e Coaching  com públicos diversificados do setor público e privado.
Consultora especializada em Agrupamentos de Escola, Gestão de Recursos Humanos, Projetos de Liderança Educativa, seleção e recrutamento para o desenvolvimento da liderança estratégica, implementação do projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular, coaching educativo e diferenciação pedagógica em sala de aula.
Foi Investigadora no Centro de Psicologia da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Autora de escalas de perceção de liderança e motivação no trabalho adaptadas a Portugal; Diversas comunicações e publicações nacionais e internacionais na área da liderança, coaching, mudança organizacional, educação e formação profissional.

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