3 desafios enfrentados pelas empresas familiares e como resolvê-los

As empresas familiares bem-sucedidas têm características chave que facilitam a coesão familiar, o crescimento dos negócios e a preservação do património a longo prazo. No entanto, nem tudo é um mar de rosas e muitas passam por uma série de desafios.

As empresas familiares têm um impacto significativo na economia global. De acordo com dados recentes de 2021 de investigadores da Universidade da Carolina do Norte e da Universidade de Kennesaw, as empresas familiares contribuem com 54% do PIB do setor privado nos EUA ou 7,7 mil milhões de dólares e são responsáveis ​​por empregar 59% da força de trabalho do setor privado que representa 83,3 milhões de empregos.

Em Portugal estima-se que representem 70% a 80% do tecido empresarial e que contribuam para 65% do Produto Interno Bruto (PIB) e para 50% do emprego, segundo a Associação das Empresas Familiares.

A importância das empresas familiares para a economia e força de trabalho não pode ser negada, mas são inúmeros os desafios que enfrentam. Este tipo de empresas são mais propensas a enfrentar processos de responsabilidade por práticas laborais e ações com diretores e funcionários. O que pode ser agravado pela falta de planeamento comercial e de políticas da empresa.

Além disso, estão financeiramente menos equipadas para enfrentar tempestades de riscos, como interrupção da cadeia de suprimentos, desafios relacionados com pandemias, roubo de propriedade intelectual, perda de um funcionário importante ou problemas resultantes de crimes cibernéticos.

Já para não falar que enfrentam um maior risco de desastres naturais, pois suas localizações ou stock geralmente estão geograficamente concentrados.

A questão que se levanta é: como podem estes riscos ser mitigados? Existem três desafios principais quando se trata de gestão de risco para as empresas familiares, segundo o Entrepreneur.

1. Dificuldade em obter seguro 
É difícil fazer um seguro contra os riscos que poderão enfrentar. É possível, mas o problema é que o seguro comercial, principalmente para os riscos específicos mencionados acima, muitas vezes é caro e difícil de obter.

2. Seguros insuficientes
Muitas empresas familiares e pequenas empresas não têm seguro ou os que têm são insuficientes: 75% das empresas têm seguro insuficiente e 40% são segurados contra riscos, de acordo com uma pesquisa da Insureon. Muitos empresários ou equipas executivas não analisam as suas apólices de seguro e também desconhecem as suas exclusões. Por vezes, pensam que estão cobertos quando na verdade não o estão.

3. Falta de fundos de maneio e fraca gestão de tesouraria
Sobreviver a ameaças requer ter fundos para sustentar o negócio até que se consiga resolvê-las. Uma pesquisa do Goldman Sachs a 1.100 pequenas empresas descobriu que 44% têm menos de três meses de reservas em caixa, deixando-as vulneráveis ​​a choques ou riscos.

Para o Entrepreneur, existe uma solução para estes três desafios. As empresas podem optar por possuir a sua própria seguradora, conhecida como seguradora cativa. Uma companhia de seguros cativa não estabelece apenas uma abordagem de gestão de risco mais forte, colocando a empresa numa melhor posição para sobreviver, mas permite também que o proprietário da empresa possua um segundo negócio lucrativo, explica a publicação.

Os negócios lucrativos podem ajudar a reduzir os custos de seguro empresarial, a construir reservas para perdas e a evitar a tributação excessiva de toda a entidade empresarial.

De com a Family Business Alliance, apenas cerca de 30% das empresas familiares transitam para a próxima geração. Portanto, cabe a essas empresas explorar soluções que possam fortalecer os seus negócios e garantir longevidade e sucesso no futuro.

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