Empresas: mulheres exigem menos investimento mas apresentam melhor desempenho

As mulheres pedem menos dinheiro do que os homens para iniciar os seus negócios, mas geram mais lucros quando a empresa abre atividade. Vários estudos mostram que aumentar a diversidade não é só benéfico para a cultura da organização, como também conduz a melhores resultados.

As mulheres ocupam apenas 16,9% dos lugares nos conselhos de administração das empresas em todo o mundo. AS mulheres com funções de CEO representam apenas 5,3% dos cargos em todo o mundo e as com responsabilidade de CFO 12,7%.

No entanto, vários estudos têm mostrado que aumentar a diversidade não é só benéfico para a cultura de uma organização, como também leva a melhores resultados nos negócios.

O que é que isto significa? Que as mulheres que lideram empresas apresentam melhores resultados. “Maior diversidade leva a tomadas de decisão mais inteligentes, contribui para os resultados financeiros de uma organização e impulsiona a inovação, entre outros benefícios”, diz o estudo Women in the Boardroom: A Global Perspective da Deloitte.

Menos investimento, mais lucro
Vários estudos indicam ainda que as empresas criadas por mulheres recebem menos da metade do dinheiro para se financiarem do que as fundadas por homens.

“Os investimentos em empresas fundadas ou cofundadas por mulheres rondaram os 800 mil euros, o que é menos da metade da média de 1,78 milhões de euros investidos em empresas fundadas por homens”, detalha um estudo do Boston Consulting Group. Porém, mesmo com pouco dinheiro, as mulheres geram mais lucros.

Apesar desta disparidade, as start-ups fundadas e cofundadas por mulheres tiveram um desempenho melhor ao longo do tempo, tendo gerado 10% a mais na receita acumulada durante um período de 5 anos: 620 mil euros em comparação com os 563 mil euros dos homens.

“Negócios lançados por mulheres geram um rendimento maior do que os que são criados por homens, o que torna as empresas lideradas por mulheres melhores investimentos para os financiadores”, detalha o estudo.

A explicação para estes resultados é diferente, também de acordo com diversos investigações. Algumas delas indicam que as mulheres levam muito a sério a questão do desenvolvimento de talentos. “Frequentemente, elas têm entre as suas prioridades a preparação e promoção do desenvolvimento dos funcionários da organização”, afirma Yvette Mucharraz, professora do IPADE, Escola de Negócios da Universidade Panamericana.

Além disso, acrescenta, a mulher tem a capacidade de se conhecer, de descobrir os seus pontos fortes, de aceitar os seus erros e de aprender com eles.