3 lições de sucesso que pode aprender com Tina Turner

Os obstáculos que encontrou pelo caminho não impediram Tina Turner de se tornar numa artista conhecida mundialmente. Saiba o que a consultora de liderança e autora Roberta Matuson aprendeu com o musical “The Tina Turner Musical”.

Tina Turner deu o seu último concerto em 2009, a poucas semanas de fazer 70 anos. Como habituou o seu público, ao longo de 50 anos de carreira, não parou um segundo.

Robert Matuson, consultora de liderança e autora de livros como “De repente, no comando” e “O Magnetismo do Talento”, esteve em novembro em Nova Iorque e aproveitou para assistir, juntamente com um amigo, a um espetáculo da Broadway, o  The Tina Turner Musical”.

“Ficámos hipnotizados desde o momento em que a cortina subiu até ao fim. A jovem Anna Mae (nome verdadeiro de Tina), interpretada por Skye Turner, conquistou todos na plateia com a sua bonita voz e o seu carisma. A veterana da Broadway Adrienne Warren está maravilhosa como a Rainha do Rock & Roll neste musical biográfico”, explicou Roberta Matuson à Forbes.

A consultora aproveitou ainda para partilhar as três lições que aprendeu depois de ver este musical.

1. Não existe prazo de validade para o talento
Aos 40 anos, Tina Turner era considerada uma artista acabada. As produtoras não a queriam de maneira nenhuma, pois estavam focadas em jovens e futuros talentos. Já se passaram mais de 30 anos desde que a cantora enfrentou a discriminação por idade. No entanto, esse padrão de favorecer a juventude sobre a experiência continua vivo nas organizações.

A discriminação por idade existe, mas que podemos fazer para alterar este cenário? “Tina Turner tinha mais resistência aos 40 anos do que as pessoas com metade da sua idade. Conheço muitas pessoas de 50 e 60 anos que têm mais energia do que os seus colegas mais jovens. No entanto, em algumas ocasiões, eles são preteridos em empregos e promoções. Aqui está a realidade: se tiver a sorte de chegar aos 40, 50, 60 ou mesmo 70 anos, irá enfrentar a mesma batalha difícil que os trabalhadores dessa faixa etária estão a enfrentar nos dias hoje. A menos que se aproxime de assuntos como contratação e liderança de uma maneira diferente”, explica Matuson.

2. Com resiliência, pode superar tudo
Todos sabem que Tina Turner foi abusada pelo marido, o falecido Ike Turner. Muitas das pessoas que passam pela experiência de um relacionamento deste tipo raramente recuperam.

“Em vez de rastejar para um buraco e morrer, ela [Tina Turner] trabalhou muito para voltar ao palco novamente”, refere a consultora, dizendo que “muitos de nós sofremos abuso no local de trabalho. Embora possamos não ter cicatrizes físicas, certamente temos ferimentos internos. As pessoas geralmente sentem-se desamparadas quando o seu chefe abusa do poder. No início da minha carreira, trabalhei para uma chefe que abusava do poder, qualquer pessoa fraca poderia ter ido a baixo sob este tipo de pressão, mas eu não. Escolhi vingar-me”.

Matuson conta que usou essa experiência para fortalecer as suas capacidades de liderança e escreveu vários artigos sobre como não liderar, coisas que aprendeu diretamente com ela. “Ela [a chefe de Matuson] também foi uma das razões pela qual escrevi o livro Suddenly in Charge (De Repente no Comando, em tradução livre). Eu queria ter a certeza de que ninguém mais experimentaria como era trabalhar para um chefe que não conseguia gerir ou não deveria estar num cargo de chefia”, revela.

3. Não deixe que outras pessoas o definam
Imagine ser informado de que é negro demais para ter sucesso. Foi exatamente o que os executivos da Capitol disseram a Tina Turner. No entanto, a artista deixou Londres e decidiu fazer espetáculos no clube de rock de Nova Iorque, o Ritz. Eventualmente, ela conseguiu um novo contrato e tornou-se na estrela que é hoje.

“Todas as pessoas parecem ter uma opinião, eu recebo conselhos o tempo todo, mesmo sem pedir. Mas não os escuto, e você também não deveria. As pessoas que dão conselhos não solicitados fazem-no por si mesmas, e é por isso que você deve ignorá-las. Se alguém lhe disser que nunca será bom em algo, não dê ouvidos. Se lhe disseram que é muito velho ou muito negro ou qualquer outra coisa, não preste atenção a essas observações”, aconselha a autora.

Defina-se a si mesmo. Pense em como gostaria que fosse o seu futuro e depois trabalhe para “criar o seu lugar de direito neste grande palco que chamamos de vida!”.

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