O que querem os trabalhadores? A Savills esclarece.
O trabalho flexível e as novas motivações geracionais estão a provocar mudanças nos espaços de trabalho. A conclusão é do estudo “What Workers Want” da Savills.
Com o objetivo de dar a conhecer as tendências que motivam o mercado de escritórios e como estas se encontram relacionadas com o espaço e design utilizados, a Savills apresentou esta semana no Hub Criativo do Beato, em Lisboa, a primeira edição do estudo “What Workers Want”. A análise é especialmente dedicada ao conhecimento das principais tendências que motivam o mercado imobiliário português e envolveu um total de 1.005 colaboradores inquiridos.
Patrícia de Melo e Liz, CEO da Savills Portugal, considera essencial que “se conheçam os colaboradores e que se compreendam os seus comportamentos, as suas motivações, as necessidades e exigências ao nível do bem-estar. Ouvir quem trabalha connosco é de extrema importância”. E, acrescentou, que “a forma como as próximas gerações concebem o seu trabalho vai, claramente, ter cada vez mais impacto nas decisões referentes a espaços imobiliários”.
As conclusões do “What Workers Want” deixam algumas pistas para quem lidera equipas e empresas. Vejamos: o estudo constatou que 55% dos colaboradores trabalham em open space e 40% em salas e/ou escritórios fechados. Por outro lado, verificou-se que afinal o ruído não tem um impacto negativo no ambiente de trabalho, com algumas empresas a optarem, inclusivamente, pela implementação de espaços de trabalho comuns para alguns setores de atividade. No entanto, e devido à natureza do seu trabalho, há empresas que ainda optam por trabalhar num ambiente de escritório individual.
No que respeita à localização do espaço de trabalho, 43% dos colaboradores gostariam de trabalhar no centro da cidade, contra 22% que optaria pelos arredores. De acordo com a promotora do estudo, estas percentagens indiciam a necessidade de se criarem projetos no centro da cidade.
Por outro lado, a realidade revela que a localização é um fator muito importante aquando de uma candidatura a uma oferta de emprego: 50% dos colaboradores inquiridos refere que a localização está no topo da lista, quando questionados sobre o que consideram mais importante para a aceitação de um emprego; 36% preferem trabalhar na sua própria secretária ou num espaço destinado para cada funcionário; e apenas 13% gostaria de optar por um regime de Hotdesk.
Este ano, uma das grandes tendências constatadas por esta análise é a preferência de 23,95 dos inquiridos pelo home office, ou seja, o trabalho a partir de casa. No entanto, apenas 14% tem a oportunidade de o fazer, sendo que 55% são mulheres.
Outro item considerado no “What Workers Want” foi se a cultura da empresa incentiva a produtividade e se o acesso à tecnologia facilita a flexibilidade no trabalho. 48% dos colaboradores declarou que a sua empresa os incentiva, no dia a dia, à flexibilidade no trabalho. À questão “Se pudesse, o que mudaria no seu atual local de trabalho?”, 19,5% dos colaboradores mudaria o seu espaço de trabalho pessoal; 14,8% a gerência; e 13,1% a duração do deslocamento.
No que se refere ao planeamento do espaço do escritório, e se este contribui para o sucesso da organização, 28,7% dos colaboradores afirma não ter qualquer controle sobre o layout da sua área de trabalho; 33,9% têm uma postura neutra sobre esse assunto; 53,5% gostaria de ter controlo sobre seu espaço de trabalho; e 50,2% afirma que o seu empregador atual nunca lhe pediu opinião sobre o layout do escritório.
A limpeza do espaço é considerado o fator mais importante (93%), sendo que apenas 65% dos colaboradores afirmaram que se encontravam satisfeitos com a limpeza do seu escritório.








