Como escolher a incubadora certa para uma start-up

Muitos empreendedores integram incubadoras com a esperança de que este seja o primeiro passo na sua história de sucesso. As incubadoras podem ajudar as start-ups a crescer, mas o empreendedor deve escolher a incubadora certa para o seu negócio.
Uma incubadora de empresas tem como função dar suporte real ao desenvolvimento dos negócios e não apenas teoria. Desta forma, podem prestar apoio e fornecer recursos valiosos às start-ups para que estas evitem erros comuns e acelerem o seu crescimento.
Não existe um padrão na indústria de incubação de empresas, porém algumas análises internacionais demonstram que empresas que participaram numa incubadora registaram uma taxa de sucesso de 87%, praticamente o dobro da taxa de sucesso das empresas que não tiveram esse apoio (44%).
Na América do Norte, por exemplo, avança a Forbes, existem cerca de 1.500 incubadoras que trabalham com start-ups em estágio inicial de diferentes setores de atividade. Podem disponibilizar desde espaço de escritório, a oportunidades de networking, suporte operacional ou de produto. Algumas podem estar ligadas a agências governamentais, outras a universidades para manter a ligação com os laboratórios de biotecnologia ou outros instituições de pesquisa.
De acordo com o Índice IMPACT da InBIA, citado pela Forbes, 90% dos programas de incubadoras e empreendedores querem desenvolver o crescimento da cultura empreendedora, 75% planeiam oferecer programas de orientação e 70% têm como objetivo incentivar minorias ou mulheres. Apenas 12% dos programas de empreendedorismo oferecem diretamente o financiamento inicial. Por isso, é importante saber o que se pretende para encontrar a incubadora certa.
Para decidir qual a incubadora ideal para o seu caso, o empreendedor deve fazer uma lista dos pontos fracos do seu projeto, descrever que tipo de apoio precisa a curto prazo e de como uma incubadora o pode ajudar a atingir as metas gerais. Depois deste passo, há que estudar qual o programa que melhor se adapta às necessidades da start-up que quer criar.
Seguindo esta análise, há que centrar a escolha nos programas que interessam mais ao projeto, sem esquecer que também é importante ter em conta a história e percurso da própria incubadora, o que pode reforçar a qualidade do programa. O empreendedor deve avaliar as taxas de sucesso e as taxas de crescimento de negócios e projetos anteriores da incubadora que tem em perspetiva.
Outro dos pontos a ter em consideração são os potenciais contactos para obtenção de financiamento futuro. Seja através de contactos estruturados feitos diretamente através da incubadora ou oportunidades de networking promovidas pelo seu programa, os empreendedores têm, desta forma, uma visão a longo prazo de como criar os alicerces para o financiamento e o sucesso contínuo dos seus negócios.
Por outro lado, é preciso estar consciente de que nem todas as atividades têm as mesmas necessidades e trajetórias. Por exemplo, um programa de incubação destinado a tecnologias possivelmente será estruturado de forma diferente do que um na área da moda. Tal como os negócios na área dos serviços alimentares, normalmente alvo de muitos requisitos em temos de higiene e segurança. Estas condicionantes podem apresentar alguns obstáculos de crescimento como, por exemplo, o passar de um negócio caseiro para uma pequena unidade de produção. Neste caso, uma incubadora que facilite o acesso a infraestruturas pode ser o mais adequado para a empresa. Noutros negócios, podem ser mais vantajosas as ligações e o networking que a incubadora pode proporcionar do que propriamente a infraestrutura que esta possa fornecer.
A verdade é que não existe uma solução única para escolher a incubadora certa, por isso há que estar atento ao mercado e aproveitar os programas disponíveis para encontrar uma solução que funcione melhor para cada negócio.