Vendeu o primeiro negócio por 355 milhões e reinventou novas marcas

Adam Pritzker vendeu a sua primeira start-up por centenas de milhares de dólares e agora, através de um segundo desafio, optou pela missão de financiar a próxima geração de marcas.
Nascido e criado em São Francisco, numa família de empreendedores que partilhava as suas histórias nos jantares de família, Adam Pritzker começou cedo a interessar-se por este universo. Foi para Nova Iorque para a Universidade de Columbia onde estudou economia e antropologia.
Numa entrevista ao DealMakers Podcast, publicada na Forbes, Pritzker partilhou o que aprendeu sobre fidelizar clientes, sobre a arte de encontrar investimento e como construir canais de distribuição eficientes, entre muitos outros tópicos.
General Assembly, o primeiro projeto.
A primeira start-up de Adam Pritzker, a General Assembly, começou num espaço de coworking. Depois, graças aos crescentes pedidos de informação, transformou-se numa sala de aula. Daqui evoluiu para cursos de formação e depois para workshops. Finalmente, algumas empresas listadas na Fortune 2000 começaram a pedir-lhe que desenvolvesse os planos de formação para os seus funcionários.
Tal como acontece com muitas start-ups foi um mero acaso ter evoluído para algo completamente diferente da fase inicial. Ainda hoje, Pritzker admite que começar um negócio empresarial a partir de um negócio de consumo é uma forma bastante interessante de gerar uma empresa. Construiu a General com os cofundadores Brad Hargreaves, Jake Schwartz e Matt Brimer. Este último tinha um talento especial para captar pessoas através da organização de eventos, happy hours e jantares. Juntos, descobriram os benefícios de envolver a comunidade de forma a que esta ajudasse a promover o negócio.
Mimi Chun, que tinha entrevistado Adam Pritzker para trabalhar na IDEO, acabou por se tornar a primeira funcionária da General Assembly, trazendo com ela a experiência de design centrado no ser humano. A start-up evoluiu, então, para cerca de 500 empregados e conseguiu 100 milhões de dólares (cerca de 89 milhões de euros) em capital de risco antes de ser comprada. Entre os investidores estavam a Bezos Expeditions, a GSV, a Maveron e a IVP. Foi então adquirida pelo Adecco Group por mais de 400 milhões de dólares (350 milhões de euros).
Seguir em frente
Depois desta vitória, Adam Pritzker decidiu voltar a entrar no jogo e começou a desenvolver um conjunto de marcas. Verificou que as redes sociais impulsionaram muitos produtos de consumo graças ao facto de serem mais facilmente detectáveis. Simultaneamente, os consumidores começaram a mostrar mais interesse em perceber os conteúdos desses produtos, a sua rede de distribuição e a sua origem. Várias fábricas pelo mundo começavam a desenvolver marcas para pequenas quantidades de produtos destinados a micro-alvos, através do uso das redes sociais. Ao mesmo tempo, as marcas locais desenvolveram a capacidade de se tornarem globais, graças ao ecommerce.
Adam acreditava que as infraestruturas das empresas teriam de sofrer uma enorme transformação de forma a alimentar todas essas novas marcas. Assim, perante esta constatação criou a Assembled Brands, uma nova forma de financiar empresas e uma abordagem diferente relativamente à criação de marcas. Primeiro, o financiamento é feito sob a forma de crédito, em vez de apenas capital próprio. Por outro lado, a Assembled Brands recolheu dados de mais de 3.500 marcas nos últimos 18 meses, o que lhe permitiu ajudá-las a fazerem comparações entre elas, a obter informações de negócio, a melhorar e a criar modelos para crédito de subscrição. E, em terceiro, disponibilizou uma rede de fornecedores que ajudam as marcas a melhorar as suas métricas.
Em todo este processo, o criador da Assembled Brands aprendeu algumas lições que partilhou na Forbes.
- Procure potencial positivo com uma desvantagem limitada.
Adam encontrou na Oaktree Capital Management, uma empresa de global de crédito privado, uma ajuda quando esta o financiou com 100 milhões de dólares (cerca de 89 milhões de dólares) para manter o crescimento. - A fidelidade é fundamental
A fidelidade pode ser medida pelo facto de um cliente comprar o seu produto vezes sem conta. Se isto acontece, o seu negócio pode ser um modelo de vendas. Se lançou um negócio com estas características e, simultaneamente, é eficiente em termos de capital, então possui uma combinação poderosa para a criação de valor. Crescerá de forma orgânica e não terá de gastar muito dinheiro para captar clientes. E mais: os investidores gostam destes cenários. - Preocupe-se menos com o resultado
O conselho de Adam para os criadores de novas start-ups é que se apaixonem pelo processo, construam relações profundas e significativas e foquem-se menos no que será o resultado final. A forma como a sua start-up acabará por evoluir pode ser ainda melhor do que os objetivos iniciais que tinha imaginado.