9 motivos a ter em conta na hora de investir, segundo a Allianz Global Investors

Para a Allianz Global Investors, um dos aspetos importantes é investir racionalmente e sem exagerar, verificando sempre o comportamento do mercado de ações no passado, bem como a rotação do setor quando os ciclos de mercado variam.

O debate sobre as vantagens e desvantagens que surgem no momento de investir mantém-se sempre atual. O mesmo se pode dizer sobre o tipo de investimento: passivo ou ativo. Mas afinal qual é a melhor abordagem para investir? Como obter um maior rendimento no momento de construir o portefólio de investimento?

A equipa de análise da Allianz Global Investors partilhou as razões que devem ser tidas em conta no momento de tomar decisões de investimento, principalmente se tivermos uma abordagem ativa, noticia o Business Insider.

1. Investimentos passivos rastreiam o mundo de ontem
O investimento passivo é retrospetivo, ou seja, rastreia o mundo de ontem. Isso significa que, à medida que os preços aumentam, aumenta a ponderação do setor em carteira. Como resultado, a gestão passiva tende a ser pro-cíclica. O índice do setor financeiro no mercado de ações global aumentou de forma constante de 2000 até ao início de 2007, passando de 10% para 26%.

No entanto, à medida que a crise financeira se desenvolveu, o setor financeiro perdeu peso, passando de 26% em fevereiro de 2007 para pouco menos de 16% em março de 2009. Se, nesse caso, um investidor tivesse seguido uma abordagem de gestão passiva, teria seguido o mercado e teria monopolizado as perdas.

2. Comportamento e finanças
Os atores económicos, e especialmente os investidores, agem racionalmente. Entre outras coisas, a crise do mercado dá lugar a uma ampla gama de padrões de comportamento dos investidores, as chamadas anomalias.

Essas anomalias violam a suposição básica do comportamento racional. “A mentalidade do rebanho” é disso exemplo e mostra que pode levar a um excesso em qualquer direção (para cima ou para baixo). Por outras palavras, os investidores não agem racionalmente, mas emocionalmente, o que também afeta as nossas decisões de investimento.

3. Memória do mercado
Alguns participantes do mercado possuem uma certa vantagem em termos de informação. Isso acontece porque os dados que compõem as informações estão localizados mais rapidamente e são analisados melhor por alguns investidores do que por outros. Como resultado, há investidores que podem agir mais rapidamente do que outros.

4. “O bom no pote, o mal na colheita”
A gestão ativa pode ajudar a identificar empresas que possam sustentar altos níveis de lucros ou recuperar após uma recessão. No entanto, a análise futura fundamental é a chave para identificar os vencedores numa crise. Este é outro aspecto a considerar.

5. Rotação do setor
Outro aspeto que é igualmente importante é a rotação setorial. Além da influência do desempenho económico real, também é necessário olhar para o nível dos setores, para ver como cada um se comporta em relação à média.

6. Anomalias: o “estilo” e o “efeito de tamanho”
Podem surgir ineficiências (anomalias), especialmente num ambiente de mercado no qual a volatilidade é elevada. As anomalias não têm necessariamente conotações negativas. Na verdade, podem até abrir oportunidades de investimento que um gestor ativo também pode usar ativamente. Isso inclui a seleção de valores.

O aumento da volatilidade, como se viu claramente na flutuação durante a crise económica mundial no início da década de 1930 ou na crise do mercado financeiro em 2008/2009, leva a uma maior variação nos retornos.

7. Regras do mercado de ações como um sinal de mercados ineficientes
As ineficiências podem não ser só exploradas em setores individuais. Os estilos de investimento (por exemplo, “ações de pequena capitalização em comparação com as grandes”, “valor versus crescimento”) podem oferecer oportunidades em certas fases do mercado que podem ser usadas ativamente.

8. Invista nos possíveis vencedores de amanhã
Hoje, mais do que nunca, a seleção de títulos e valores mobiliários depende da estabilidade dos fluxos de caixa, das classificações de crédito das empresas e da prevenção de riscos de insolvência. Rastrear o índice significa seguir o passado.

As empresas, setores ou regiões que foram favorecidas pelos investidores durante um longo período ganharam capitalização de mercado e, portanto, têm uma maior ponderação no índice. Os sucessos de ontem, no entanto, não garantem o desempenho futuro.

9. Condições de mercado
A velha regra do mercado de ações “vender em maio e desaparecer” baseia-se na constatação de que os índices de ações tiveram um desempenho abaixo do esperado nos meses de verão em comparação com os meses de inverno.

De fato, tradicionalmente, agosto e setembro são os meses mais baixos para os mercados. Mas isso nem sempre será assim e temos que olhar para as condições de cada ano. Em 2009, por exemplo, setembro foi um mês muito forte. Consequentemente, as regras do mercado de ações seriam completamente infundadas.

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