Jovens portugueses criam embalagem biodegradável para produtos de higiene
O projeto chama-se Clea – Clean Choice, Clean Change, foi desenvolvido por quatro jovens estudantes da Escola Secundária da Maia, em colaboração com investigadores da FEUP, e foi distinguido com a bolsa Slingshot.
Uma equipa de quatro jovens estudantes da Escola Secundária da Maia – Nuno Aroso, Isabel Oliveira, Maria Toga e Vasco Cardoso – em colaboração com a três investigadoras do Departamento de Engenharia Química e Biológica (DEQB), da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), desenvolveu uma solução que substitui o gel de duche em embalagens de plástico por cápsulas biodegradáveis e hidrossolúveis.
Designado Clea – Clean Choice, Clean Change, o projeto é uma alternativa biodegradável às tradicionais embalagens plásticas de gel de banho, já que consiste numa cápsula de dose única (compatível com a pele) com líquido no interior que se dissolve enquanto tomamos banho, contribuindo, assim, para reduzir a poluição plástica nos oceanos.
A ideia foi concebida pelos quatro jovens do 12.º ano começou numa aula de química da Escola Secundária da Maia, onde procuraram desenvolver uma solução que reduzisse a quantidade de plástico desperdiçada na área dos cosméticos, mas que não provocasse um corte radical nos hábitos dos consumidores e que fosse sustentável. Foi assim que se lançaram na sua própria formulação – com a colaboração de três investigadoras (Cláudia Gomes da Silva, Isabel Martins e Yaidelin Manrique) do Departamento de Engenharia Química e Biológica (FEUP) -, o que deu origem à marca Clea que esperam, no futuro, conseguir escalar para outras áreas do setor dos cosméticos.
A ideia deu lugar a um protótipo que já soma alguns prémios em eventos ligados ao empreendedorismo jovem. Aliás, a solução resultante da investigação conjunta da Escola Secundária da Maia e da FEUP recebeu já este ano uma distinção da National Geographic Society, sendo o único projeto portuguesa ganhar uma bolsa Slingshot.








