15 jovens de todo o mundo vão aconselhar TikTok sobre questões de segurança
O Youth Council conta com um grupo de 15 adolescentes de vários países que aconselhará o TikTok sobre como tornar a plataforma mais segura para os jovens.
O TikTok lançou o Youth Council, uma iniciativa a nível global que reforçará a forma como desenvolve a aplicação para que seja segura para os adolescentes. O lançamento surge em simultâneo com a divulgação de um estudo, realizado junto de mais de 12 mil adolescentes (com idades entre os 13 e os 17 anos) e pais de adolescentes de todo o mundo, que concluiu que tanto os pais como os adolescentes ambicionam ter mais oportunidades para trabalhar em conjunto com as plataformas.
O Youth Council foi criado em parceria com a Praesidio Safeguarding, uma agência especializada em segurança online, e é composto por 15 adolescentes com idades entre os 15 e os 18 anos, de países como EUA, Reino Unido, Brasil, Indonésia, Irlanda, Quénia, México e Marrocos.
O grupo reuniu-se pela primeira vez em dezembro de 2023 e concluiu recentemente a sua segunda reunião, que contou com a presença do CEO da TikTok, Shou Chew. Neste último encontro, o Youth Council definiu as suas prioridades para 2024, que incluem um foco no bem-estar e na inclusão de adolescentes para ajudar a garantir que o TikTok continua a ser um espaço seguro e acessível para os jovens se mostrarem como são.
Ainda nesse encontro, os adolescentes deram sugestões para o Youth Portal do TikTok, que está a ser reformulado, bem como solicitaram informações sobre denúncias e bloqueios para entender melhor o que acontece depois de uma denúncia ser feita.
Conversa entre país e filhos sobre segurança online é complexa, diz estudo
O estudo realizado pelo TikTok em colaboração com a YouGov analisou as conversas entre adolescentes e pais de adolescentes sobre segurança online em geral e concluiu que, em Portugal, os adolescentes não se sentem à vontade para falar sobre questões como a imagem corporal (30%) e o tempo de ecrã (30%) com os pais. Além disso, o estudo indica que 46% dos que se sentem desconfortáveis com a imagem corporal preferem não a discutir com ninguém e 23% evita o tema especificamente com os pais. Em contrapartida, os pais referem sentir-se mais à vontade para discutir temas como o consumo de álcool e de substâncias (56%), a religião (55%), a discriminação (54%) e o luto (35%) do que falar sobre segurança online.
Um número significativo de pais portugueses considera que a cobertura do tema da segurança online por professores ou escolas (44%) ou a orientação de especialistas sobre o assunto (45%) os ajudaria a compreendê-lo melhor. Por outro lado, os adolescentes consideram que o aconselhamento de especialistas (38%) e a comunicação direta das plataformas de redes sociais (35%) ajudariam os pais nesta matéria.
Ainda de acordo com o estudo, a maioria dos pais (65%) inicia a conversa sobre este tema crítico quando observa uma mudança de humor ou de comportamento do seu filho, na sequência de incidentes preocupantes (51%) ou quando se depara com notícias alarmantes relacionadas com plataformas online (51%). Apenas 25% aborda o assunto quando o seu filho adolescente entra numa nova plataforma digital.
Para garantir um ambiente digital seguro para os seus filhos, os pais utilizam várias estratégias: 30% dos adolescentes dizem que os pais impõem limites ao tempo de ecrã, 34% dizem que os pais mantêm o acesso aos códigos dos seus telemóveis, 43% são seguidos pelos pais nas redes sociais e 34% dizem que os pais pedem para rever os seus perfis nas redes sociais, feeds ou mensagens diretas.
Apesar de 77% dos adolescentes manifestarem confiança na sua capacidade de navegar em segurança, muitos (68%) também acreditam que as plataformas devem criar fóruns que facilitem a participação direta dos jovens, dando-lhes a possibilidade de participarem no processo de tomada de decisões. Os pais partilham este sentimento e 63% apoiam a ideia.
A atenção é dirigida para a importância de ferramentas de gestão intuitivas, tal como assinalado por 63% dos pais e 50% dos adolescentes, juntamente com a exigência de formulação de regulamentos de conteúdo claros e simples de compreender, apoiada por 60% dos pais e 48% dos adolescentes, conclui o estudo.








