90% das empresas ainda não domina ferramentas de IA Generativa

Ainda são muitas as empresas que não conseguem dominar e capitalizar esta tecnologia emergente. 40% das empresas ainda não adotou qualquer ferramenta de IA generativa.

Apesar do crescimento no ambiente empresarial, a Inteligência Artificial (IA) generativa ainda é emergente para muitas empresas. O estudo What GenAI’s Top Performers Do Differently”, do Boston Consulting Group (BCG), revela que 90% das empresas ainda não conseguiu dominar e capitalizar a tecnologia, que destas 40% não adotou qualquer ferramenta desta natureza e que 50% está em fases iniciais da sua implementação. Pelo contrário, já totalizam 10% as empresas que operam correntemente pelo menos uma ferramenta de IA generativa em toda a organização.

A incapacidade de adotar e rentabilizar a IA generativa é atribuída, sobretudo, à falta de compreensão sobre como dar os primeiros passos, às dúvidas quanto às aplicações mais impactantes para cada setor e quanto às estratégias específicas a adotar para uma implementação bem-sucedida desta tecnologia, revela este estudo que envolveu mais de 150 executivos seniores, de 10 setores de atividade, a nível global.

A consultora estima que, para uma empresa com uma receita de 20 mil milhões de dólares, a IA generativa pode gerar lucros entre 500 milhões e mil milhões de dólares, sendo que quase um terço surge nos primeiros 18 meses.

A pesquisa do Boston Consulting Group mostra ainda que apesar das dificuldades de adoção, a IA generativa tem estado no radar das lideranças, uma vez que 65% dos executivos seniores inquiridos indicou que esta tecnologia tem o maior potencial disruptivo dos próximos cinco anos, sendo que um terço já aumentou os investimentos nesta área. Referem que as soluções de IA generativa contribuem para a produtividade dos colaboradores, que, inclusivamente, pode aumentar entre 10% a 20%, e que a longo prazo, a tecnologia pode ser utilizada para remodelar funções ou criar novos modelos de negócio.

Áreas como marketing, as vendas e as operações com clientes, e a investigação e desenvolvimento tecnológico são as que têm maior potencial para criar valor com a IA generativa. Nas empresas que apostam nesta tecnologia, cerca de 60% das iniciativas que nela assentam reduzem os custos e 40% aumentam as receitas.

O que fazer para introduzir a IA generativa
As empresas que ainda não adotaram a IA generativa devem investir na sua introdução para poderem beneficiar dela e o BCG destaca quatro passos que devem ser seguidos:

1. Transformar os líderes em atores informados sobre o valor da IA generativa e pressionando as organizações a adotar a tecnologia. É importante que esta curiosidade parta do topo para impulsionar a adoção de toda a equipa, definindo metas de utilização e acompanhando o seu progresso;

2. Começar com um pequeno número de aplicações. As organizações devem escolher aquelas que melhor se aplicam às suas necessidades, apostar no mínimo viável para as desenvolver e, quando já as conseguirem dominar, diversificar o leque de modo a acrescentar maior valor ao negócio;

3. Aproveitar parceiros externos no início, confiando em plataformas de IA generativa já desenvolvidas e prontas a utilizar, o que lhes permite adaptarem-se à evolução do mercado e implementar soluções mais rapidamente;

4. Adaptar a liderança às necessidades dos projetos de IA generativa. Em muitas organizações, a liderança dos principais projetos tecnológicos está pouco desenvolvida e os projetos-piloto podem falhar. As empresas devem criar uma liderança personalizada para os projetos de IA generativa, facilitando decisões e intervenções rápidas para manter o progresso, garantindo as funcionalidades necessárias.

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