7 passos para criar uma joint-venture de sucesso

Criar uma nova joint-venture requer competências especializadas, não só na avaliação dos ambientes legais e fiscais, mas também nas disposições dos mercados de capital no ambiente local. Saiba como ser bem-sucedido, se optar por este modelo estratégico de parceria empresarial.

Uma joint-venture representa a participação de várias empresas no capital de uma unidade económica juridicamente independente, com o fim de desenvolverem uma atividade produtiva e/ou comercial, dando assim origem à partilha do património, lucros e risco do negócio.

No entanto, criar uma joint-venture é um desafio para qualquer empreendedor, já que se trata de colocar no mesmo plano duas empresas com as suas próprias culturas, modo de trabalhar e visões empresariais.

Como em qualquer relação, seja humana ou profissional, estabelecer limites e caraterísticas é o melhor remédio para evitar problemas que possam surgir ao longo do caminho. A diferença é que, enquanto nas relações humanas e sentimentais não assinamos contratos, exceto no casamento, quando falamos de empresas é necessário antecipar essas questões por escrito.

Se quer apostar numa joint-venture, saiba o que deve fazer para ter sucesso, segundo o Business Insider.

1. Fazer uma diligência prévia. É importante conhecer a outra empresa antes de se comprometer com o que quer que seja. Uma diligência prévia servirá para garantir que a empresa é sólida e até mesmo ter uma ideia do importante que é para o seu futuro.

2. Definir limites e duração do projeto. Dado que a união de empresas se refere a um único projeto, é importante que este seja bem definido em termos de objetivo e alcance. Assim, todas as partes terão um caminho mais claro a seguir.

3. Escolher bem o tipo de joint-venture. Existem diferentes classes dependendo das pessoas com quem decide assinar o contrato. Dessa forma, a joint-venture pode ser horizontal, se o contrato for celebrado entre concorrentes diretos que trabalham dentro do mesmo setor de mercado; pode ser vertical se for estabelecido entre pessoas singulares ou coletivas que atuem em diferentes níveis do processo de produção. Existem também as chamadas joint-ventures igualitárias ou maioritárias,dependendo da distribuição de poder, ou entre nacionais ou internacionais.

4. Definir se estamos perante uma joint-venture corporativa ou não corporativa. Se queremos constituir uma sociedade, então estamos a falar de uma joint-venture corporativa, pelo que será necessário responder aos requisitos mínimos de capital. No entanto, no segundo caso, não é obrigatório. É o caso da constituição de um agrupamento de interesse económico ou de uma união temporária de empresas.

5. Estipular mecanismos de dissolução ou resolução de bloqueios numa joint-venture. Isso pode ser feito através da inclusão de uma cláusula de submissão expressa nos tribunais de justiça onde vai operar; através de uma cláusula compromissória, cuja sede está localizada no local onde a joint-venture está localizada ou vai desenvolver a sua atividade, ou através de uma cláusula de desbloqueio que permita a compra de ações pelas restantes partes.

6. Possíveis acordos de não concorrência. Este tipo de acordos serve para que, em caso de rescisão da join-venture, as empresas não possam competir no setor do outro, graças ao conhecimento que adquiriram, por exemplo.

7. Cuidar do contrato da joint venture. Todos os itens acima devem figurar no contrato da joint-venture. Este documento é o que definirá todo a relação entre os sócios, responsabilidades legais e participação no projeto. É por isso essencial ter uma mão experiente a escrevê-lo.

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