4 formas para cuidar do bem-estar dos seus colaboradores

Pode até parecer simples, mas promover o bem-estar no ambiente de trabalho é um desafio. Não basta disponibilizar uma sala de descanso ou até mesmo um espaço de diversões. É preciso estar atento às verdadeiras necessidades dos colaboradores. Assegure que está a oferecer o que realmente precisam.

Os efeitos da pandemia mostraram como o bem-estar e a saúde dos colaboradores devem ser, mais do que nunca, uma prioridade das empresas. Mas nesta nova realidade como cuidar melhor dos funcionários? O estudo Workforce Protection, da Universidade de Oxford e do Grupo Zurich, faz desta questão um tópico recorrente. O documento demonstra como a força de trabalho emerge no pós-pandemia mais fragilizada, com maior perceção de vulnerabilidade em saúde e rendimentos, e que a abordagem holística ao bem-estar é uma prioridade, ou seja, defende que se deve “continuar a criar condições para cuidar e fomentar o bem-estar de cada colaborador nas diversas dimensões – físico, mental, social e financeiro”.

Num outro estudo da Harvard Business Review de 2020, 85% das pessoas entrevistadas afirmaram que o seu bem-estar emocional diminuiu desde o início da pandemia.

Para ajudar as empresas a promover e a cuidar do bem-estar dos colaboradores no ambiente de trabalho,  a Fast Company partilha quatro dicas.

1.Mostre que o cuidado com o funcionário é prioridade
Ansiedade, stress e burnout são frequentemente citados como os principais motivos que levam cada vez mais funcionários a abandonar os seus empregos. Para reter talentos e preparar as empresas para o futuro, os líderes devem promover um ambiente onde as pessoas se sintam valorizadas e tenham acesso a ferramentas que as ajudem a sentir-se bem.

Os líderes orgulham-se de dizer que os funcionários são o seu ativo mais valioso. No entanto, no pós-pandemia, terão de prová-lo mais do que nunca. Os empregadores devem assumir maior responsabilidade no que diz respeito a dar suporte ao estilo de vida e às necessidades únicas de cada colaborador. As pessoas são muito mais propensas a continuar num trabalho quando sentem que a empresa realmente se importa com elas.

2. Reformule os benefícios
Quando pensamos em como a maioria das empresas costumava abordar o bem-estar mental dos seus funcionários há dois anos, parece que foi há muito mais tempo. As políticas de saúde mental eram frequentemente associadas a benefícios médicos e os empregadores eram obrigados a escolher apenas uma ou outra medida para reduzir o stress, incentivar hábitos saudáveis ou estimular o vínculo entre funcionários.

Além de os serviços de saúde mental serem frequentemente subutilizados devido ao seu estigma social, a prática de aconselhamento mental também caiu na armadilha de confundir saúde e bem-estar. As pessoas precisam de mais do que acesso a um terapeuta. É necessário incluir todas os outros aspetos que impactam positivamente a mente, o corpo e a alma.

Para isso, as empresas devem oferecer benefícios mais abrangentes, que contemplem questões como pensamento positivo, prevenção de burnout, melhoria da qualidade do sono e até perda de peso, além de outros aspetos relacionados com a família.

3. Adote o conceito de integrar trabalho e vida
As pessoas estão a trabalhar cada vez mais remotamente. Este novo cenário deu origem ao conceito de “integração trabalho-vida”, que descreve a sinergia entre todas as áreas da vida: o trabalho, a família, o envolvimento na comunidade, o bem-estar pessoal. Em vez de impor limites irreais entre vida pessoal e profissional, as pessoas podem lidar com tarefas relativas ao trabalho nos momentos em que lhes for mais conveniente. Trata-se mais de harmonia do que de equilíbrio.

Antes, as empresas consideravam que competia ao funcionário encontrar o equilíbrio entre a vida profissional e a  pessoal. Mas, no ambiente pós-pandemia, cabe ao empregador dar este suporte através de diferentes formas.

4. O bem-estar é mais do que uma tendência
Antes da pandemia, poucos estavam dispostos a reconhecer a importância do tema saúde mental, devido ao estigma e à falta de recursos disponíveis para um suporte abrangente e eficiente.

A pandemia não foi responsável por exigir uma atenção maior a esta questão: apenas sinalizou o que as empresas deveriam fazer. O foco no bem-estar emocional é um imperativo moral e uma estratégia fundamental para atingir resultados.

Hoje contrata-se funcionários que querem um novo tipo de suporte – mais personalizado, abrangente, proativo e preventivo – e que englobe diferentes aspetos do bem-estar geral e dos desafios que enfrentam.

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