3 sinais que mostram que a sua start-up pode ser disruptiva

São muitas as questões que os fundadores de start-ups devem ter em conta para atingirem um crescimento rápido. Contudo, nenhuma delas está a ganhar tanto protagonismo quanto a questão da disrupção.

Mas o que significa realmente ser disruptivo e como perceber se a sua start-up está no bom caminho para atingir este objetivo? O conceito “inovação disruptiva” foi pela primeira vez utilizado por Clayton Christensen e descreve a mentalidade que muitos empreendedores procuram hoje em dia. É definido como “um processo pelo qual um produto ou serviço se firma inicialmente em aplicações simples na base de um mercado e, depois, escala-o até que eventualmente afasta a concorrência já estabelecida”, segundo o The Next Web (TNW).

Muita da tecnologia que hoje damos como garantida, como os smartphones, resultou de inovação disruptiva. Embora nem tudo o que é disruptivo tenha consequências tão drásticas como substituir carruagens puxadas por cavalos por automóveis, todos os inovadores disruptivos procuram tornar-se o novo modelo para a sua indústria.

Eis alguns sinais que o ajudarão a perceber se a sua start-up poderá ter uma influência verdadeiramente disruptiva, segundo o TNW.

1. O seu produto ou serviço é incrivelmente simples
Para que um produto ou serviço assuma um papel dominante e disruptivo na sua indústria, as start-ups precisam de comunicar com clareza e eficácia exatamente aquilo que fazem. É por isto que, os melhores inovadores disruptivos tendem a oferecer produtos ou serviços incrivelmente simples.

O que não significa necessariamente que todos irão ver, de imediato, o valor do produto. Tal como escreve Conner Forrest na Tech Republic, alguns especialistas defendem que “a proposta de valor de uma start-up deve ser facilmente apreendida como algo que preenche uma lacuna de mercado, contando que isso seja explicado em linguagem comum”.

Por outro lado, outros crêem que “se um público percebe o valor de uma start-up demasiado depressa, então não é disruptiva porque não está assim tão ‘fora da caixa’. Se é fácil de entender, pode não ser assim tão diferente de tudo o resto”.

Ambos os pontos de vista contêm alguma veracidade, segundo os especialistas. As start-ups disruptivas devem explicar a sua oferta de forma a que os clientes potenciais percebam aquilo que lhes está a ser oferecido. Apesar disso, nem todos os clientes irão entender totalmente o valor do serviço disruptivo, o que não é necessariamente mau.

A maioria dos inovadores disruptivos começa com um público mais pequeno que entende o que é e para que serve o serviço. O crescimento virá à medida que mais pessoas começam a perceber o valor do serviço e a adotá-lo.

2. Está a mudar os hábitos de consumidores
Os inovadores disruptivos mais bem sucedidos não tentam apenas oferecer  “o mesmo serviço mas melhorado” que o dos seus concorrentes. Eles procuram mudar a forma como as pessoas pensam sobre o método utilizado para desempenhar determinadas tarefas.

Repare como a Netflix e outros serviços de streaming mudaram a forma como consumimos os media. As lojas de aluguer de video como a Blockbuster desapareceram e a penetração de TV por cabo e satélite continua em queda. Tudo porque as pessoas podem agora assistir aos seus filmes e programas favoritos online em vez de alugar DVD’s ou pagar pacotes de cabo. São muitos os exemplos como este nas mais variadas indústrias.

3. Está a chegar a um mercado carente
Outro indicador comum de uma empresa disruptiva é quando se foca num público-alvo ao qual as indústrias líderes de mercado não estão a chegar. Isto pode acontecer porque o público em questão não pode pagar os produtos disponíveis ou podem haver barreiras de conhecimento ou geográficas.

Os inovadores disruptivos criam um “novo mercado” ao tentar chegar aos consumidores que a sua concorrência nem sequer considera. Por exemplo, consultores como a Betterment e a M1 Finance revolucionaram o setor de gestão de património ao tonarem os serviços de investimento mais acessíveis para o público em geral.

Para ser bem sucedida, uma start-up não precisa de ser disruptiva. Fornecer um produto ou serviço de qualidade e fazer uma gestão eficaz das relações com os clientes provará ser o melhor trunfo para que o seu negócio prospere num mercado competitivo.

Mesmo assim, não há como negar o vasto potencial dos negócios verdadeiramente disruptivos. À medida que procura as oportunidades certas de disrupção, poderá inovar de forma verdadeiramente transformadora.

 

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