3 passos para uma start-up trabalhar com influenciadores
Trabalhar com influenciadores faz parte da estratégia de crescimento de muitas empresas, mas esta forma de comunicar com os consumidores leva muitas vezes a que se comentam erros. Se, por um lado, as grandes marcas conseguem contratar influenciadores mundialmente conhecidos, por outro lado, essas estrelas estão quase sempre fora do alcance das start-ups. Saiba o que deve fazer para inverter este cenário.
As empresas para alcançar o maior número de consumidores possível, muitas vezes contactam múltiplos influenciadores, espalhados por diversos canais, cada um com o seu preço para realizar a ação e, na maioria dos casos, sem conseguir provar que o seu conteúdo realmente teve resultados.
De um modo geral, se a estratégia for bem definida e forem usados os influenciadores corretos, a qualidade dos consumidores obtidos é superior. Contudo, conseguir atingir os parceiros ideais é muitas vezes um processo de tentativa erro e mais difícil de ajustar do que criar um anúncio e investir para o divulgar numa determinada plataforma ou rede social.
Para as start-ups, o crescimento através de influenciadores pode ser uma estratégia mais eficaz e mais barata do que os anúncios no Facebook ou no Google. No entanto, as start-ups precisam de saber como trabalhar com influenciadores, caso contrário, o orçamento de marketing e comunicação será desperdiçado. Siga os conselhos de Sophia Matveeva, CEO e confiundadora da Enty, uma plataforma de tecnologia da moda, que disponibiliza aconselhamento profissional de estilistas.
1. Dar importância da taxa de engagement
As start-ups devem ter em atenção que a taxa de engagement é mais importante que o número de seguidores. Para obter resultados reais nas campanhas de comunicação, é importante ver como os seguidores de um influenciador interagem com as publicações, em vez do seu número do seguidores. Se os seguidores comentam e interagem com as publicações, isso revela que estão de facto atentos ao que esse influenciador coloca nas suas redes.
Os influenciadores com maior número de seguidores têm, habitualmente, uma média de interações mais reduzido. Os consumidores veem essas “celebridades” como entretenimento e não como conselheiros com informações relevantes para a sua vida quotidiana. Poderá ser preferível trabalhar com pequenos ou nano-influenciadores. Influenciadores com 2 mil a 10 mil seguidores e com uma boa taxa de engagement, podem ser excelentes embaixadores das marcas e produtos com custos reduzidos ou apenas pela troca de produto.
2. Começar pelos fãs
A procura desses nano-influenciadores pode começar pelos seguidores que já existem nos perfis em redes sociais da empresa. As start-ups devem procurar de entre o leque de seguidores, aqueles que de facto gostam do produto e que têm influência entre os seus pares. Não devem procurar a “Kim Kardashian” nesse grupo, mas sim os jovens populares do liceu ou a “mommy blogger” que tem um opinião forte junto de outras mães. Esses nano-influenciadores estão muitas vezes mais próximos do público-alvo e também podem servir de focus group para testar inovações que a marca experimente, dando um feedback real e concreto sobre as iniciativas e produtos desenvolvidos. Esta é a estratégia ideal para start-ups sem orçamento de marketing e também permite uma promoção dos seus produtos verdadeiramente emocional e não puramente comercial.
3. Optar pelo pagamento por desempenho dos posts
O formato tradicional para a compra de posts dos influenciadores assenta no método tradicional de compra de publicidade em TV, rádios ou imprensa. As marcas pagam por um número pré-definido de publicações do influenciador. Desta forma, a marca assume todo o risco da campanha e o influenciador não é incentivado a usar a sua criatividade e a imaginação para melhorar o desempenho da mesma. Este método começa a ser substituído pelo pagamento por desempenho dos posts.
Algumas plataformas estão a começar a trabalhar com os influenciadores com base no desempenho dos seus posts. Nem todos os influenciadores estão dispostos a trabalhar desta forma, mas esta pode ser mais eficaz para as start-ups. Por exemplo, em mercados onde o trabalho das marcas com influenciadores já se encontra num estado mais avançado, como nos EUA, já existem muitos influenciadores que trabalham através de contratos por desempenho de publicações.
As marcas de moda e beleza foram as primeiras a trabalhar com influenciadores, mas à medida que a indústria evolui as campanhas de influenciadores tornam-se parte do mix de comunicação juntamente com as relações públicas e publicidade. Porém, os consumidores estão cada vez mais céticos em relação à publicidade tradicional e às campanhas de influenciadores.
É por isso que encontrar os influenciadores certos – que de facto gostam e usam o produto e têm uma comunicação autêntica com o público-alvo – é vital para o sucesso de uma campanha de influência. Isto significa que é preciso estudar melhor as parcerias do que ver apenas os números de seguidores ou promover posts nas redes sociais, mas se a estratégia for certeira os resultado irão recompensar o esforço.








