2 estratégias para lidar com a raiva e viver melhor

Há pessoas que têm dificuldade em conter os seus ataques de fúria e deixam a raiva tomar conta de si, mas existem técnicas comportamentais que ajudam a controlar este sentimento, segundo Mark Travers, psicólogo norte-americano.

Perder a paciência de vez em quando é natural. Somos humanos e existem situações que nos tiram do sério. No entanto, quando os sentimentos de raiva são uma constante é hora de parar, analisar e rever comportamentos para evitar que se tornem prejudiciais.

Os episódios de raiva podem fazer com que o indivíduo se envolva em situações que não só são perigosas para os outros como para si mesmo. Por outro lado, ao longo do tempo a pessoa começa a isolar-se para evitar situações em que se possa desencadear uma explosão, dado que estas nunca são premeditadas.

Como resultado, as relações sociais, o ambiente familiar e até a vida profissional podem ficar comprometidas. Para ajudar a lidar com este tipo de situações, Mark Travers, psicólogo norte-americano, apresenta duas técnicas eficazes.

1.Conheça a sua raiva
A maioria das pessoas com problemas graves de raiva está ciente que os tem, mas menospreza. Como resultado, tendem a evitar pensar ou até mesmo falar sobre os seus problemas. No entanto, ignorá-los é como ignorar uma alergia – ela raramente desaparece por si só e, em muitos casos, pode piorar o problema, explica Mark Travers, na Forbes USA, explica Mark Travers.

A primeira coisa que qualquer indivíduo com problemas de raiva pode fazer é identificar o que os desencadeia. Existe uma pessoa, evento ou área de sua vida que o irritam? Existe uma irritação em particular (como ser interrompido) que o faz perder a cabeça? O stress excessivo e/ou a falta de sono estão relacionados com os seus ataques de raiva? Perguntas simples que o ajudam a prever quando podem surgir ataques de raiva.

Travers refere ainda que é importante perceber como é que a raiva se manifesta a nível comportamental. “Você sente dor de cabeça ou um aumento repentino da temperatura? Os seus pensamentos ficam acelerados?”, questiona, referindo-se à importância de praticar mindfulness.

Observar os pensamentos, sentimentos e sensações quando está nervoso e quando está calmo pode ajudá-lo a entender e a controlar a sua raiva.

“Mudar a sua atenção para a sola dos pés quando está num estado agitado, por exemplo, é uma dica de meditação com fundamento científico que pode ajudar a controlar o seu impulso de reagir com hostilidade”, exemplifica.

Enquanto a meditação pode ser muito eficaz para controlar a raiva, escrever num diário regularmente e fazer terapia baseada em mindfulness também são ótimas opções, garante o psicólogo.

2. Experimente a terapia cognitivo-comportamental
Enquanto a atenção plena nos pode ajudar a tomar consciência da nossa raiva no momento presente, a terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a agir, sugere uma pesquisa publicada na “Aggression and Violent Behavior”, cita Travers.

Através de ferramentas como a reestruturação cognitiva, poderá ser capaz de reconhecer e diminuir padrões de pensamentos negativos que, anteriormente, o levavam a uma explosão de raiva.

Depois de aprender a identificar um padrão de pensamento negativo, pode usar técnicas comportamentais, como a simulação de uma situação desencadeadora. Uma sessão de dramatização pode ser seguida por um ‘interrogatório’, onde alguém lhe dá feedback e descreve o seu estado de espírito com mais clareza.

Explicar-se claramente sem deixar que as emoções tomem conta de si é a maneira mais rápida e eficaz de resolver uma situação que cause raiva, conclui.

Comentários

Artigos Relacionados