Viver mais do que 122 anos vai ser possível e mais cedo do que se pensa, diz estudo
A população humana pode quebrar recordes de longevidade nas próximas décadas, de acordo com um estudo baseado em dados de 19 países industrializados. O atual recorde é de 122 anos.
Viver para além dos 122 anos? Estudo publicado na revista PLOS One diz que vai ser possível quebrar recordes de longevidade mais cedo do que se pensa.
Liderado por David McCarthy, professor na Terry College of Business da Universidade da Geórgia, o estudo adotou uma abordagem matemática para as taxas de mortalidade. McCarthy e o seu colega, professor na Universidade do Sul da Flórida, Po-Lin Wang, recorreram a modelos para mostrar que o atual recorde da idade humana de 122 anos pode ser superado em breve.
O estudo analisou as taxas de mortalidade em 19 países industrializados, incidindo o seu foco não quando as pessoas morreram, mas quando nasceram, e verificou que o padrão dominante ainda é o de compressão da mortalidade, apesar de terem sido identificados episódios de adiamento. Compressão, explicam os investigadores, implicaria que estaríamos a aproximarmo-nos de um limite máximo para a duração da vida. Já o adiamento implicaria o contrário.
O estudo conclui que, entre os que nasceram no período de 1900 a 1950, o adiamento da mortalidade foi verificado em níveis “sem precedentes” – o que indica que o recorde de longevidade pode, portanto, aumentar significativamente.
Para as populações nascidas entre 1910 e 1950 (ou seja, aqueles com idade entre 70 e 110 anos), poderia haver um ganho de até 10 anos, segundo os modelos estatísticos usados no estudo. No entanto, os autores ressaltam que estes recordes para serem ultrapassados exigem políticas que apoiem a saúde e o bem-estar dos idosos, bem como estabilidade política, económica e ambiental.








