Trabalhe e viaje: estes 16 países oferecem vistos para nómadas digitais

A Itália juntou-se este ano à lista dos países que abriram as portas aos profissionais estrangeiros e que disponibilizam vistos para os nómadas digitais, de forma a atrair novos talentos e a impulsionar a economia.

Além de adorarem viajar, os nómadas digitais são profissionais independentes que trabalham a partir de qualquer lugar do mundo. Tudo o que precisam é de um computador e de uma boa ligação à internet. Mas há países que são mais favoráveis do que outros a este modo de trabalho e de vida.

As estatísticas mais recentes mostram que, nos Estados Unidos, os nómadas digitais já são quase 17 milhões de pessoas: um aumento de 131% em relação a 2019, antes do Covid-19. Em todo o mundo, já são mais de 35 milhões, mas as previsões apontam que esse número deve atingir 1 bilião em 2035.

Muitos países já perceberam o interesse crescente dos trabalhadores remotos neste tipo de oportunidade e abriram as suas portas aos nómadas digitais numa tentativa de atrair novos talentos, impulsionar a sua economia e até mesmo aumentar as suas populações.

Um total de 47% dos destinos globais disponibiliza vistos para nómadas digitais  válidos até um ano, de acordo com uma análise da Organização Mundial do Turismo (OMT) que abrangeu 54 destinos.

A mesma análise revelou que 39% dos destinos isentam os nómadas digitais do pagamento de impostos, enquanto 17% não têm requisitos mínimos de rendimento.

Além disso, 76% dos destinos possuem candidaturas online para os programas de vistos para nómadas digitais, enquanto 80% deles processam as candidaturas dentro de um período de um mês. No entanto, segundo a análise, apenas 6% dos destinos não cobram taxas de visto para as candidaturas.

Rachel Wells, fundadora e CEO da Rachel Wells Coaching, uma empresa dedicada a desbloquear o potencial de carreira e liderança da GenZ e dos millenials, partilha na Forbes uma lista de 16 países que disponibilizam vistos para nómadas digitais:

  • Estónia
  • Geórgia (Europa)
  • República Tcheca
  • Espanha
  • Itália
  • Grécia
  • Bermudas
  • Santa Lúcia
  • Barbados
  • Dominica
  • Bahamas
  • Belize
  • Costa Rica
  • Malásia
  • Dubai (Emirados Árabes Unidos)
  • Ilhas Maurícias

Estes são apenas alguns dos países que disponibilizam este tipo de visto, pois a lista está em constante alteração. Por exemplo, a Itália tornou-se no último país, em abril de 2024, a juntar-se à lista e a oferecer vistos de nómades digitais. O primeiro a oferecer o visto de nómade digital para profissionais estrangeiros foi a Estónia.

O que deve saber antes de embarcar na aventura

Como freelancer que procura trabalhar remotamente a partir de qualquer lugar do mundo, saiba que o termo “qualquer lugar” tem algumas limitações. Deve provar que responde ao requisito de rendimento mínimo mensal do país, o que pode variar dependendo do lugar para onde quer ir. Além disso, pode ser necessário pagar uma taxa para solicitar o visto de nómada digital.

Alguns países, como as Ilhas Maurícias, não cobram taxa de candidatura e o tempo de resposta pode ser de apenas 48 horas. Outros têm requisitos rigorosos em relação aos negócios desenvolvidos, o que significa que terá sempre de obter aprovação para poder trabalhar.

O Japão, por exemplo, quer criar um tipo de visto para permitir aos nómadas digitais passarem mais tempo no país. O novo visto vai permitir que residam no Japão por um período de até seis meses, o dobro do tempo atualmente permitido pelos vistos de turista e de curto prazo, sublinhou a Agência de Serviços de Imigração japonesa. Poderão usufruir deste visto residentes em um dos 49 países e territórios com os quais o Japão tem acordos de isenção de visto para visitas de curta duração e tratados fiscais, nos quais se incluem Portugal e Brasil.

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