Start-up americana transforma hotéis e escritórios antigos em alojamentos

A norte-americana Starcity, uma start-up que desenvolve espaços de convivência ou “co-habitação” na área da baía de São Francisco, nos Estados Unidos, é um projeto inovador que exemplifica como uma ideia simples se pode transformar num empreendimento de sucesso.

O modelo de negócio é simples: a Starcity compra hotéis antigos, prédios comerciais, edifícios multifamiliares ou garagens e transforma-os em espaços partilhados para a classe média.

Cada residente de um prédio Starcity possui um quarto privativo totalmente mobiliado e casa de banho privativa, ou partilhada, com acesso a espaços comuns, como cozinhas, lounges no terraço e zonas de televisão. Os arrendamentos são projetados com termos flexíveis e a renda mensal inclui serviços públicos, como limpeza ou segurança. A maioria dos quartos custa mensalmente entre 1700 a 2000 euros, o que apesar de tudo se torna significativamente mais acessível do que a média de rendas praticadas em São Francisco.

Depois de ter dado os primeiros passos na cidade de São Francisco, a Starcity está já a expandir-se para Los Angeles, onde assumiu a reconversão de um prédio residencial que já foi usado para abrigar estagiários do Snapchat, preparando-se para abrir o seu primeiro espaço comunitário, ou de “co-habitação”.

A Starcity acredita que o seu stock de imóveis não convencionais poderá contribuir para dar algum alívio à crise imobiliária que se vive em Los Angeles, cidade onde é crescente número de start-ups de tecnologia, e que está a tornar-se, segundo os experts, um dos destinos mais atraentes, quer para empreendedores quer para investidores.

De acordo com o  CEO da empresa, Jon Dishotsky, muitos moradores de São Francisco estão em “êxodo” da região, procurando estabelecer-se em mercados habitacionais como Seattle, Denver e Los Angeles – cidades onde podem continuar a trabalhar no sector de tecnologia e viver dentro das suas possibilidades financeiras.

Foi a pensar nesta oportunidade que a Startcity entrou em ação, criando opções habitacionais para esta nova vaga de jovens empreendedores, apesar Jon Dishotsky, frisar que esse não é um target exclusivo. Aliás, a Starcity responde a um grupo demográfico que envolve assalariados da classe média que, ainda não podem arcar com os preços altíssimos de São Francisco, o que acaba por englobar trabalhadores não técnicos, entre os quais  professores, artistas ou ainda funcionários de restaurantes.

A Starcity, refira-se, atua de forma diferente de outras empresas na categoria de “co-habitação” porque compra as propriedades, em vez de arrendá-las, o que dá à empresa a capacidade de adicionar mais unidades – aumentando a densidade a um ponto em que ainda é confortável para os moradores – oferecendo aos preços mais baixos.

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