Profissionais querem mais que bons salários, revela CEMS

O salário elevado não chega para recrutar bons profissionais, revela um estudo recente do CEMS. O equilíbrio entre vida profissional e pessoal está cada vez mais nas prioridades de quem procura novas funções.
Um bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal é avaliado em paridade com o salário como principal critério quando se procura novas funções, conclui um estudo recente desenvolvido pelo CEMS, uma aliança global composta por mais de 30 universidades e escolas de gestão internacionais, entre as quais a portuguesa Nova SBE.
Esta pesquisa realizada no final de 2021, e que envolveu 4.206 profissionais, a maioria em cargos de gestão sénior, de 75 países, demonstra também que na faixa etária acima dos 35 anos, os profissionais classificaram o equilíbrio entre vida profissional e pessoal acima do salário. Pelo contrário, para os recém graduados e profissionais mais jovens o salário ainda é um fator importante.
O CEMS constata que, no geral, 21% dos entrevistados referiram o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e salário quando questionados sobre seus três principais critérios na procura por uma nova função dentro da sua própria empresa ou noutra. 20% dos entrevistados com menos de 35 anos mencionaram salário em comparação com 19% de equilíbrio entre vida profissional e pessoal, enquanto 22% dos entrevistados com mais de 35 anos mencionaram o equilíbrio entre vida profissional e pessoal em comparação com 19% de salário.
Por sua vez, a rápida progressão rápida na carreira e a oportunidade de gerar impacto global numa fase inicial foram classificadas como o terceiro e quarto critérios-chave que influenciam as decisões de todos os profissionais quando se candidatarem a um emprego.
A estes critérios, junta-se ainda o facto de o emprego lhes dar a oportunidade de viajar pelo mundo. Este foi um dos critérios referenciados sobretudo pelos entrevistados mais jovens, concretamente na faixa dos 19 aos 25 anos. Já as faixas etárias superiores deram primazia a uma liderança inspiradora.
“O nosso estudo revela que, para profissionais de todo o mundo, embora o salário seja sempre um fator importante, não é determinante. Alcançar um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e ter a oportunidade de gerar impacto numa função é mais importante do que nunca, para colaboradores de todas as idades”, explicou Nicole de Fontaines, diretora executiva da CEMS.