Profissionais de recursos humanos estão em burn-out, diz Sage.

O novo estudo global da Sage revela que 81% dos profissionais de RH está em burn-out e que 62% considera deixar o setor.
A Sage avaliou a função de recursos humanos nas empresas, a nível global, e revela dados relevantes como, por exemplo, o facto de 81% dos profissionais de RH inquiridos na pesquisa estar em burn-out e que 62% considerar até deixar o setor.
A investigação “The changing face of HR in 2024” demonstra alguns dos desafios que as equipas de RH enfrentam para convencer as organizações do poder da moderna função “People” (Pessoas). Inclusive, 92% dos executivos C-level acredita que o valor percebido dos RH é um desafio para a área. Por sua vez, 73% dos líderes de RH e 85% dos executivos C-level afirmam que o termo “Recursos Humanos” está desatualizado.
A par disso, 91% dos líderes de RH diz que o campo de ação das suas funções mudou drasticamente nos últimos anos, uma conclusão com a qual 96% dos C-level concorda.
A análise efetuada pela Sage constata, que na opinião de 86% dos líderes de RH o setor está a adaptar-se para se tornar mais rápido e ágil, enquanto 63% dos executivos de topo ainda vê o papel dos RH como administrativo, e 39% dos líderes de RH acredita que os colaboradores entendem o que estes profissionais fazem.
O estudo revela ainda que enquanto 91% dos líderes de RH diz estar entusiasmado com o futuro da profissão, 83% concorda que não ter a tecnologia de RH certa é um desafio para o futuro. Neste momento apenas 59% das organizações recorre a analítica de pessoas e a sistemas de RH na Cloud, e apenas 54% possui alguma forma de automação de RH.
Por outro lado, para 92% dos líderes desta área, a quantidade de trabalho é uma barreira para o sucesso futuro e, por isso, a tecnologia pode ser a chave para gerir este desafio. Ou seja, ao automatizar as tarefas administrativas, as equipas de RH podem dedicar mais tempo à estratégia.
Questionados sobre quais serão os principais desafios para os RH no próximo ano, os líderes de RH preveem que sejam os orçamentos limitados (90%), a falta de recursos (89%) e a falta de apoio da equipa de liderança (83%), a par da carga de trabalho.
Para a profissão ser bem sucedida, os líderes de RH destacaram ainda importância de fatores como o aumento das capacidades de RH (42%), o reforço do know-how tecnológico (40%) e um maior investimento em especialidades (37%).
Refira-se ainda que quanto às principais prioridades de RH em 2023, os líderes de RH e os executivos C-level destacam a gestão de talento que, segundo eles, deve estar no topo da lista. A igualdade, a inclusão e diversidade e a saúde e bem-estar dos colaboradores foram igualmente destacadas por estes. Já os executivos C-level referiram que os RH devem focar-se mais no crescimento financeiro, na eficiência e na produtividade.