Portugueses são os que dão maior importância ao investimento sustentável

Portugal lidera o ranking dos países europeus onde os clientes estão mais atentos e preocupados com os investimentos sustentáveis, seguido por Itália e Espanha, conclui o estudo da Allianz Global Investors.
92% dos investidores portugueses está interessado em temas relacionados com a sustentabilidade e 87% assume que investiria provavelmente/definitivamente em fundos com objetivos de desenvolvimento sustentável. Esta é a conclusão do estudo da gestora Allianz Global Investors que foi apresentado ontem.
O estudo, que englobou investidores da Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido, coloca o nosso país a liderar o ranking dos países europeus onde os clientes estão mais atentos e preocupados com investimentos sustentáveis, seguido por Itália e Espanha.
A Allianz GI explica que 64% dos investidores inquiridos em Portugal espera que o investimento sustentável tenha um impacto positivo na rentabilidade. No entanto, além deste fator, a pesar na decisão sobre o investimento em produtos sustentáveis, 30% dos investidores portugueses diz esperar que as empresas “melhorem as suas políticas nesse campo”, enquanto 27% acredita que “o seu dinheiro ajuda realmente a mudar o mundo”.
“Há já algum tempo que está a germinar um interesse forte e crescente por investimentos sustentáveis na Europa e, mais especificamente, em Portugal, Itália e Espanha”, refere Isabel Reuss, diretora global de análise ISR da Allianz Global Investors. “Existem diferentes opções de investimento nesse campo para atender aos interesses dos diversos segmentos de clientes e a maioria dos clientes não associa investimentos sustentáveis a rendimentos mais baixos. Apesar disso, há ainda muito a ser feito nesta área e os consultores financeiros têm em geral ainda alguma relutância em recomendar este tipo de produtos”.
A gestora aponta ainda que “a água limpa (99%), a saúde (99%), a educação (98%) e os salários justos (98%) são as áreas que mais interessam aos investidores portugueses, seguidas da luta contra a corrupção (97%), dos direitos humanos e sociais (97%) e do combate às alterações climáticas(97%)”. Acrescenta ainda que “embora também muito importantes, as questões da diversidade e da habitação social são os aspetos menos valorizados”.