Portugueses querem segurança nos métodos de pagamento
8 em cada 10 portugueses dão prioridade à segurança quando escolhem um método de pagamento.
Um estudo recente da Adyen, intitulado Relatório de Métodos de Pagamento 2023 em Portugal, revela que 84% dos consumidores dão prioridade à segurança na altura de escolher um método de pagamento. Regista também o crescimento da oferta de opções de pagamento a prestações nas empresas portuguesas (63%).
Desenvolvido com base em inquéritos a 105 empresas com mais de 100 empregados e mais de 1.000 consumidores em Portugal, durante a segunda quinzena de fevereiro de 2023, o relatório efetuado pela plataforma global de tecnologia financeira mostra a evolução dos hábitos de pagamento no mercado nacional quer para consumidores quer para retalhistas.
Assim, e nos últimos três anos, constata-se que os hábitos de compra têm condicionado as escolhas dos utilizadores e o investimento das empresas nos métodos de pagamento oferecidos. O progresso tecnológico, bem como vários eventos globais, moldaram o perfil atual do consumidor médio português.
Globalmente, o estudo constata que o cartão de crédito ou débito é a opção procurada por 80% dos consumidores, enquanto 62% prefere o pagamento via MBWay (62%) e 43% o retorno da utilização de numerário. Já no caso do online, os portugueses optam pelo pagamento através do MBWay (33%), seguido do Paypal (30%), e só depois optam por pagar com cartão de crédito ou débito.
No que diz respeito às empresas, seis em cada 10 oferece aos clientes cartões de crédito ou débito como forma de pagamento, bem como transferência bancária. O MBWay surge em terceiro lugar com 54%, seguido apenas pelo numerário com 51%. No entanto, o PayPal pode ganhar terreno uma vez que já se encontra disponível em 46% das empresas em Portugal.
Quando se trata de pagamentos a prestações, os analistas estimam que a despesa financeira global neste tipo de método de pagamento aumente 92%, o que representa um crescimento de 353 mil milhões de dólares, para 680 mil milhões de dólares. Dentro de dois anos, prevê-se que o valor deste método de pagamento atinja os 12% do total das despesas de comércio eletrónico só em bens físicos.
Entre os principais desafios para as empresas em Portugal encontram-se a fraude e a segurança (69%), o acompanhar das inovações e a forma como os clientes querem pagar (51%), bem como os custos de implementação e o crescimento das taxas de conversão e das receitas (ambos 34%).
De acordo com os resultados do estudo, verifica-se que as estratégias das empresas tendem a satisfazer a procura dos consumidores, tendo 58% das empresas inquiridas declarado que desejam identificar os seus clientes habituais e aplicar descontos em troca da sua fidelidade no momento do pagamento.
Por outro lado, e como parte do seu plano estratégico, seis em cada 10 retalhistas inquiridos indica que a inclusão do método de pagamento a prestações aumentou as receitas. Além disso, 44% adicionou o pagamento a prestações devido à procura por parte dos clientes, e 10% indica que não tem esta opção devido à falta de orçamento.
Apesar disto, em Portugal ainda existe uma grande desconfiança por parte dos consumidores no que diz respeito a este tipo de método de pagamento. 45% não utiliza o pagamento a prestações e a maioria não o faz devido à insegurança laboral/financeira (11%) ou porque desconfia das instituições financeiras (7%).
A segurança continua a ser uma das prioridades dos consumidores na avaliação dos diferentes métodos de pagamento e continua a ser uma das maiores preocupações das empresas. Concretamente, mais de seis em cada 10 retalhistas no nosso país considera prioritário oferecer opções de pagamento com o menor risco de rejeição dos clientes, bem como estabelecer diferentes regras de fraude no processamento de pagamentos eletrónicos, prevenir e detetar, bem como bloquear transações fraudulentas (61%).
No que diz respeito aos consumidores, os dados dos inquéritos revelam que a grande maioria valoriza sobretudo a segurança oferecida pelos métodos de pagamento (84%). Apesar desta preocupação, mais de sete em cada 10 utilizadores afirma nunca ter sofrido fraude nas suas compras.
Quanto se trata de escolher o método de pagamento com que se sentem mais seguros, os consumidores optam pelo cartão de crédito/débito (73%). Quando se fala de segurança, a autenticação reforçada do cliente (SCA) também entra em jogo para reduzir a fraude, com exatamente metade dos inquiridos a preferir receber códigos de autenticação no telefone através de SMS quando fazem compras (61%).
No futuro, e de acordo com 35% dos consumidores, as e-wallets e os cartões virtuais substituirão completamente os cartões físicos de crédito/débito até 2026, e 36% afirma que o numerário ficará completamente extinto da rotina de compras nos próximos três anos.








