Outplacement: como podem as empresas adaptar-se
O relatório Future of Jobs, do World Economic Forum, prevê que nos próximos cinco anos, 43% das empresas esperam reduzir a dimensão da sua força de trabalho. Perante as mudanças em curso, a Talent Solutions avança com algumas sugestões em matéria de outplacement.
O mercado de trabalho está em mudança, destaca o estudo “Carreiras em transição: Como está a evoluir o outplacement para ajudar as empresas e os trabalhadores a responder às mudanças no mundo do trabalho?”, realizado pela Talent Solutions, em 2020. De acordo com a análise desta empresa do ManpowerGroup, 79% dos trabalhadores em processos de outplacement passaram para um novo cargo com a mesma posição ou superior e 57% encontraram uma posição com o mesmo salário ou acima.
Devido ao aumento da digitalização e da automatização, cada vez mais empresas estão a delinear planos para se adaptarem, ou encontram-se já no meio de profundas transformações organizacionais. Por isso, neste contexto, conclui o relatório, o apoio proporcionado pelas soluções de outplacement que oferecem analítica de dados, inteligência emocional e oportunidades de desenvolvimento de competências críticas, irá desempenhar um papel vital para ajudar indivíduos e empresas a gerir a mudança.
Estima-se que as empresas adotem cada vez mais programas baseados na recolocação profissional como uma opção viável para a sua estratégia de transição de equipas. Contudo, nesse processo de implementação, estudo da Talent Solutions sugere cinco etapas fundamentais para que, quer as empresas quer os trabalhadores se adaptem às mudanças.
- Encorajar os trabalhadores a responderem positivamente à digitalização e à automatização:
As lideranças devem incentivar as equipas a digitalizar-se, como forma de ajudar a empresa a integrar-se mais rapidamente nas novas tecnologias. Simultaneamente, permite que os trabalhadores desenvolvam novas competências e fiquem mais capacitados para abraçar novas oportunidades profissionais. - Atuação alinhada como os valores da empresa: À medida que as necessidades de talento evoluem, também a empresa deve mostrar que as responsabilidades assumidas perante os trabalhadores são uma prioridade.
- Promover uma cultura de mobilidade de carreira:
As organizações devem incentivar conversas individuais entre os gestores e os colaboradores sobre as suas competências e o seu crescimento profissional. Desta forma, potenciam o seu impacto e efetividade no seio da equipa e face às necessidades de negócio, além de reforçarem a sua empregabilidade futura e a capacidade de encontrar outros desafios fora da empresa. - Envolver os trabalhadores no processo de outplacement:
Após a tomada de decisão sobre uma transição, é importante fomentar a participação dos colaboradores no processo de outplacement. Desta forma, terão mais tempo e disponibilidade para ponderar e avaliar as suas opções. - Estabelecer uma cultura de desenvolvimento de carreira e requalificação:
Fomentar o desenvolvimento de competências e experiência, mesmo fora do âmbito de atuação da empresa permitirá que os trabalhadores cessantes possam continuar a entregar valor à empresa no futuro, seja como freelancers, consultores ou mesmo numa eventual re-contratação.
O relatório Talent Solutions revela ainda algumas dicas para os próprios profissionais se adaptarem ao processo de outplacement. Por exemplo, devem assumir o controlo da sua carreira, adotando uma abordagem proativa que lhes permita atualizar as suas competências, registar conquistas e dialogar com superiores para impulsionar a sua vida profissional.
Paralelamente, e de forma a perceberem quais as competências mais procuradas e assim puderem preparar-se se para novas oportunidades, deverão estar atentos e acompanhar as tendências do mercado de trabalho. Os colaboradores mais flexíveis, quer na função, quer no setor, acabam por ser mais atrativos para as empresas. Os modelos de trabalho remoto também lhes abrem novas oportunidades, possibilitando a procura de emprego sem restrições de localização.
Por último, e quando de trata de ponderarem uma nova carreira, devem reavaliar as suas prioridades, bem como capitalizar o outplacement como uma oportunidade. O seu envolvimento no processo desde início, e de forma positiva, gerará mudanças a longo prazo que promoverão a sua empregabilidade
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