Os países com os empregos de TI mais bem remunerados
Os tomadores de decisão da área de TI nos Estados Unidos são os mais bem pagos do mundo, segundo o estudo da Global Knowledge, que avança que os profissionais de TI neste país ganham mais de 36% do que a média global.
Os tomadores de decisão da área de Tecnologia da Informação (TI), nos Estados Unidos, são os mais bem remunerados do mundo, com salários anuais em torno dos 107.193 dólares (91.311 euros). Já os canadianos ganham cerca de 26% a menos (78.788 dólares – 67.121 euros), enquanto na América Latina esse valor não ultrapassa os 37.974 dólares (32.351 euros). Na região da Europa, Oriente Médio e África (EMEA), a média de salários dos decisores de TI é de 60.309 dólares (51.371 euros) e na Ásia-Pacífico de 51.276 dólares (43.765 euros).
De acordo com o estudo da Global Knowledge, IT Skills and Salary Report, que treina, em média, 300 mil pessoas em mais de uma centena de países todos os anos, os profissionais norte-americanos do departamento de TI recebem uma remuneração média de 87.333 dólares (74.153 euros) por ano – 36% mais do que a média global de 64.206 dólares (54.681 euros). Nas restantes regiões, os valores distribuem-se da seguinte forma: 55.460 dólares – 47.237 euros (Canadá), 45.892 dólares – 39.088 euros (EMEA), 32.151 dólares – 27.385 euros (Ásia-Pacífico) e 26.895 dólares – 22.908 euros (América Latina).
Já os gerentes de TI ganham, em média, 42% a mais do que a sua equipa. Na região da Ásia-Pacífico essa diferença é ainda maior: 60%. Os profissionais da área com certificados recebem, em média, 15.913 dólares (13.555 euros), correspondendo a 22% a mais do que aqueles que não têm certificação.
Variações regionais no custo de vida explicam a grande diversidade de salários a nível mundial, tendo em conta as remunerações de 13 tomadores de decisão da área de TI. Além da discrepância entre os 107.193 dólares (91.308 euros) anuais dos norte-americanos e os 15.203 dólares (12.952 euros) dos africanos, o custo de vida, a infraestrutura pré-existente e a possibilidade do grande crescimento de mercados influenciam as médias salariais nas diferentes regiões.
O estudo, que foi citado pela Forbes, também apontou que a Oceânia – Austrália, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico – tem a maior média salarial para as equipas de TI, 86.689 dólares (73.866 euros), por apostarem na terceirização.
A forma mais rápida para os profissionais norte-americanos virem os seus ordenados aumentarem na ordem dos dígitos – entre 13% e 19% – é procurar um novo empregador. O estudo concluiu que essa estratégia serve também para táticas alternativas na carreira. O profissional de TI permanece num emprego em Silicon Valley, em média, entre 24 a 26 meses. Em empresas de software baseado na nuvem, essa permanência é de cerca de 19 meses.
No geral, 40% dos profissionais que participaram no estudo receberam um aumento por performance. Ao assumirem mais responsabilidades nas empresas, os profissionais viram os seus salários aumentarem, em média, 11%. Nos Estados Unidos, o índice de profissionais de TI (decisores e staff) que conseguiram um aumento salarial foi de 72%, enquanto na região Ásia-Pacífico foi de 68%. Segue-se o Canadá (64%), a região EMEA (55%) e a América Latina (52%).
A média de aumento salarial registada pelo estudo foi de 4% nos Estados Unidos para profissionais de TI no geral, 1% e 2% no Canadá (decisores e staff, respetivamente), 7% e 8% na América Latina (decisores e staff), 3% e 4% na Europa, Oriente Médio e África (decisores e staff) e 6% na Ásia-Pacífico (para ambas as categorias de profissionais).
O estudo concluiu ainda que a especialização em segurança é o requisito mais valioso na área de TI atualmente, com o salário médio global anual de 81.564 dólares (69.539 euros). No entanto, 38% dos tomadores de decisões em todo o mundo afirmam que encontrar pessoas qualificadas em segurança é uma tarefa difícil. O salário médio para especialistas em segurança é de 34.571 dólares (29.480 euros) na América Latina, subindo para 100.650 dólares (85.846 euros) na América do Norte.
Já para os profissionais de computação em nuvem, a média global do salário é de 74.064 dólares (59.763 euros). A América do Norte tem a maior média salarial: 110.265 dólares (94.055 euros), seguindo-se a região EMEA (70.584 dólares – 60.227 euros), a Ásia-Pacífico (37.067 dólares) e a América Latina (20.158 dólares).
Os especialistas da área com certificação da Amazon Web Services (AWS) possuem os salários mais elevados da América do Norte, uma média de 113.261 dólares (96.649 euros). A nível global, a maior média salarial é destinada aos profissionais certificados nas áreas de arquitetura de negócios (87.863 dólares – 74.976 euros). Entre os certificados que mais retorno financeiro trazem aos profissionais estão, ainda, os das áreas de governança, Amazon Web Services, gestão do conhecimento e segurança e privacidade.
Pode consultar o estudo IT Skills and Salary Report no site da Global Knowledge.








