O que é que os candidatos esperam de um emprego de sonho? Michael Page explica.
O estudo “Candidate Pulse” revela que 60% dos candidatos considera a liderança como a qualidade mais importante de um gestor.
Um novo estudo realizado pela Michael Page – o Candidate Pulse -, concluiu que a progressão na carreira, o reconhecimento do desempenho, assim como uma liderança estratégica e equitativa e uma comunicação clara, são os fatores apontados como mais relevantes pelos candidatos a um emprego.
Realizado junto de mais de 9000 profissionais à procura de emprego, em toda a Europa, Portugal incluído, o estudo questionou os candidatos sobre as suas preferências relativamente ao perfil, competências de liderança e comportamentos dos gestores, bem como sobre modelos ideais de trabalho e a cultura organizacional, entre outros aspetos.
Quando questionados sobre as principais qualidades que gostariam de ver refletidas num gestor, 60% referiram a liderança, com destaque para os profissionais das áreas de vendas (63%), administração (68%) e operações (67%).
Por sua vez, metade dos inquiridos afirmaram valorizar a capacidade de comunicação num gestor, enquanto 46% destacaram a importância de serem geridos por um líder com competência estratégica, capacidade de alinhamento das equipas com os objetivos da empresa e que contribua para o desenvolvimento do potencial individual. O respeito no local de trabalho foi outro fator valorizado pelos candidatos, principalmente pelas mulheres (46% versus 40% de homens), sobretudo em funções de secretariado e suporte/office management.
O estudo da Michael Page também questionou os candidatos sobre as atitudes que consideram inaceitáveis por parte dos gestores. Mencionado por 41% dos inquiridos, sobretudo por parte de diretores gerais e diretores de operações, a resistência à mudança foi apontada como o principal aspeto. A falta de definição de objetivos específicos e a desigualdade no tratamento foram igualmente apontados como erros que um gestor nunca deverá cometer.
Relativamente aos incentivos, como reconhecimento do desempenho profissional, em primeiro lugar surgem as recompensas financeiras (60%), embora as promoções, a par com a alteração de responsabilidades e o reconhecimento sejam também apontados como pontos a considerar.
A recompensa financeira é, sobretudo, valorizada por 63% de mulheres, contra 58% de homens. A oportunidade de desenvolvimento profissional é outro critério valorizado apontado pelos candidatos, denotando-se uma maior ênfase nas gerações mais novas.
Metade dos inquiridos, com menos de 30 anos, identificaram o desenvolvimento formativo e profissional como um dos benefícios mais valorizados. Por outro lado, na gestão do seu dia a dia profissional, a maioria dos candidatos valoriza, sobretudo, o potencial de crescimento profissional e uma cultura organizacional assente na transparência e na comunicação clara.
Para 87% dos inquiridos, a autonomia e o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal são também aspetos determinantes. Esta prioridade é mais acentuada entre as mulheres dos 30 aos 49 anos, grupo no qual esta valorização atinge os 91%.
A preferência pelo trabalho híbrido continua a ser altamente valorizada pelos candidatos, uma tendência que tem sido acompanhada pelas empresas. Neste contexto, o “hot desking (sistema em que não existe um posto de trabalho fixo) começa a ganhar alguma visibilidade.
No que respeita ao trabalho presencial, os candidatos valorizam a existência de um espaço de trabalho agradável e bem equipado. Ainda assim, consideram que as empresas devem priorizar a criação de oportunidades de desenvolvimento de carreira, bem como a promoção de ações de formação e de team building que fortaleçam o relacionamento entre as equipas, em detrimento de escritórios sofisticados, mas com menor impacto no crescimento profissional e relacional.








