Ministro da Economia anuncia criação de Fundo de Fundos na Conferência da APCRI

Ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida

Ministro da Economia anuncia que Governo está a trabalhar com o Banco Português de Fomento no desenho do modelo de funcionamento e financiamento, antecipando que em 2026 haverá novidades sobre o tema.

O Governo está a trabalhar com o Banco Português de Fomento para desenhar o modelo do Fundo de Fundos, “as suas fontes de financiamento e o modo como irá funcionar” a partir de 2026.

O anúncio foi feito na Conferência da Associação Portuguesa de Capital de Risco – APCRI, em Lisboa, e diz respeito a um compromisso inscrito no Programa do Governo apresentado na Assembleia da República em junho.

“Sobre este Fundo de Fundos, quero dizer à APCRI e aos seus associados que é mesmo para fazer. Está no Programa do Governo, é para cumprir”, afirmou o ministro da Economia e da Coesão Territorial. “Estamos a trabalhar com o Banco Português de Fomento para desenhar o seu modelo, as suas fontes de financiamento, o modo como irá funcionar”, revelou Manuel Castro Almeida.

Segundo o ministro da Economia, “em breve, em 2026, teremos notícias sobre este tema”.

O ministro apoiou ainda a pretensão da APCRI para mudar o nome do setor de “capital de risco” para “capital de investimento” e apelou às participadas das sociedades gestoras para que exportem mais do que os atuais 49% das vendas.

O ministro da Economia e da Coesão Territorial destacou ainda que as sociedades gestoras que investem fundos de Private Equity e de Venture Capital em empresas portuguesas têm, em geral, os seus objetivos bastante alinhados com os do Programa deste Governo.

“O essencial do trabalho deste Governo é, por conseguinte, criar condições para que o investimento e a inovação seja o eixo principal do processo de desenvolvimento e de crescimento sustentável que estamos a promover (…) são as empresas que criam riqueza, que inovam, que competem nos mercados, que exportam e que, legitimamente, obtêm lucros. Há portanto, como veem, um alinhamento entre os objetivos da vossa indústria e a política económica do Governo”, sublinhou o ministro.

“Deve destacar-se, neste movimento de consolidação e de qualificação do tecido empresarial em Portugal, o papel que passou a assumir o grupo Banco Português de Fomento, no qual se inclui a Portugal Ventures, oferecendo programas e linhas de financiamento para as empresas que pretendem investir e crescer”, disse o ministro.

“O Banco Português de Fomento tem criado novas modalidades para fornecer às empresas formas de se capitalizarem para o investimento, proporcionando-lhe meios para que possam atingir todo o seu potencial”, adiantou.

“No caso do Private Equity, a sua entrada nas empresas deve significar o aumento da dimensão das unidades, a compra de novos equipamentos, a aquisição de outras empresas, o aumento da produção, das faturações e dos EBITDA. Trata-se de transformar PME’s pequenas e atomizadas em novos grupos sólidos, com dimensão e com ambição internacional”, refere Castro Almeida.

Já no caso do Venture Capital, “será a inovação produzida pela investigação aplicada a trazer oportunidades de negócio em setores emergentes como a Inteligência Artificial, a robótica, a automação, a digitalização, a biotecnologia, a cibersegurança, a análise de dados ou o design industrial, entre muitos outros”, disse.

O governante reconhece que só uma competitividade baseada na inovação poderá criar condições para reter o talento nacional e, ao mesmo tempo, atrair talento além-fronteiras. “Mas Portugal tem ainda um longo caminho a percorrer no que diz respeito à competitividade, estando atualmente em 37º lugar entre 69 países”, realçou.

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