Candidatos portugueses valorizam localização da posição nos anúncios de emprego
A localização da posição em aberto é o fator mais valorizado pela maioria dos profissionais portugueses. Segue-se o tipo de contrato, o título da função e só depois o salário praticado, revela estudo da Michael Page.
A localização da posição surge como um fator relevante num anúncio de emprego para os candidatos portugueses. Esta é uma das principais conclusões de um estudo da Michael Page sobre o impacto dos anúncios de emprego junto dos candidatos.
Mais de metade dos inquiridos (59%) indicaram que a localização é uma informação essencial, seguindo-se o tipo de contrato (47%) e o título da função (44%). Os candidatos destacam ainda outras informações importantes nos anúncios de emprego, nomeadamente a indicação sobre o salário (37%), seguindo-se a senioridade da função (24%). Uma minoria (19%) refere o critério do nome da empresa e a data de publicação do anúncio.
A análise da Michael Page revela que uma elevada percentagem dos candidatos (68%) lê os anúncios de emprego por completo e os restantes indicaram que leem 80-90% do conteúdo. A acessibilidade impulsiona a leitura do anúncio dado que mais de um terço (37%) afirma recorrer aos telemóveis para ler os anúncios e 26% utiliza o mesmo dispositivo para a candidatura. No entanto, quase metade dos profissionais (49%) continua a utilizar o computador para se candidatar.
No que diz respeito à criatividade do formulário para atrair a atenção do candidato, alguns recrutadores estão a realizar experiências com formatos de anúncios originais e criativos. Mas os candidatos inquiridos pela Michael Page têm outras prioridades: 61% preferem um formato profissional e detalhado, cerca de 35% preferem subgrupos no anúncio de emprego, enquanto 33% preferem anúncios curtos e concisos.
A informação sobre a cultura da empresa é também um aspeto valorizado pela maioria dos candidatos, referido por 88%. Uma percentagem semelhante (87%) tem ainda interesse em saber o intervalo salarial, enquanto 69% afirma que pretende mais informação sobre os benefícios da empresa.
A análise conclui ainda que a leitura de um anúncio de emprego não justifica necessariamente que o candidato pretenda concorrer a uma determinada posição. Alguns candidatos usam essa informação para terem uma referência salarial e a descrição da função para compararem com a sua. No entanto, apenas 16% dos inquiridos afirmam que usam os anúncios como referência regularmente (pelo menos uma vez por ano), enquanto 23% o fazem a cada 2-3 anos. No entanto, a grande maioria dos inquiridos (61%) afirma que nunca recorreram a anúncios de emprego como referências.
61% dos entrevistados refere que não se candidatam a uma posição quando sentem que são mais ou menos qualificados para a desempenharem. O segundo fator mais importante é a precisão do anúncio de emprego. Quase metade (46%) dos inquiridos indica que não se candidata se o anúncio tiver erros ou inconsistências. Outros critérios incluem a localização (fator determinante para 41% dos profissionais), anúncios desatualizados (36%), reputação negativa da empresa (35%) e salário/benefícios inadequados (33%). Os recrutadores e chefias devem considerar que 31% dos inquiridos não se iriam candidatar a uma posição se fosse necessário preencher longos formulários.
Relativamente às fontes de informação mais utilizadas pelos candidatos a um novo emprego, a vasta maioria (92%) recorre a consultas ao website da empresa. Uma proporção mais reduzida (63%) consulta as redes sociais da empresa e 61% utiliza avaliações online em sites como o Glassdoor. Cerca de um terço dos inquiridos (34%) indicou que tentou contactar colaboradores atuais ou antigos para ter uma melhor perspetiva da empresa.
O inquérito abrangeu 428 candidatos desde o final de setembro até metade de dezembro de 2021 e analisa os vários fatores que contribuem para que os profissionais se candidatem ou não a uma posição.