Mercados mais atrativos para encontrar talentos, segundo o Total Workforce Index
Mercados maduros, incubadores e emergentes. Estes são os três tipos de mercados que segundo o Total Workforce Index, do ManpowerGroup, os empregadores devem ter em conta se querem encontrar talento.
As intenções de contratação das empresas nacionais continuam positivas e de acordo com o ManpowerGroup Employment Outlook Survey para o quarto trimestre de 2022, 41% dos inquiridos preveem aumentar as suas equipas. Todavia, os desafios que se colocam são grandes uma vez que a escassez de talentos continua a ser uma realidade. O estudo Talent Shortage 2022, por exemplo, revela que 85% dos empregadores portugueses afirmam ter dificuldade em preencher vagas de trabalho devido à falta de talento qualificado.
Com este cenário, a análise do Total Workforce Index, uma ferramenta de avaliação global dos mercados de trabalho apresentada pelo ManpowerGroup, revela três tipos de mercados de trabalho que os empregadores devem ter em conta para encontrarem o talento certo: os mercados maduros, incubadores e emergentes.
No caso dos mercados maduros, estes abarcam os maiores contingentes de talento de crescimento, ou seja, aqueles profissionais em constante desenvolvimento, capazes de se capacitarem a si e às suas organizações. Este perfil de mercados possui infraestruturas de apoio à qualificação e requalificação, mas também mais sujeitos ao aumento dos salários.
Por sua vez, os mercados incubadores, apresentam um elevado potencial para as áreas de serviços digitais, indústria avançada e energias limpas, proporcionando uma oportunidade para equilibrar a presença de talento qualificado com uma maior competitividade nos custos de mão-de-obra.
Por fim, os mercados emergentes são constituídos maioritariamente por mão-de-obra de gerações mais jovens, como a Geração Z e Millennials. Contudo, tem uma maior escassez de talento qualificado, devido às baixas taxas de educação superior ou especializada, exigindo por isso um maior investimento na capacitação dos profissionais.
Nestas circunstâncias de mercado, a análise do ManpowerGorup apresenta as três oportunidades às quais as organizações devem estar atentas para competirem pela atração de profissionais a nível global:
Formação: os colaboradores valorizam cada vez mais a aquisição de novas competências e o desenvolvimento profissional. Mas é necessário que esta questão seja adaptada a cada tipo de mercado. Nos maduros, embora 39% dos trabalhadores com mais de 25 anos tenha formação superior, a investigação do ManpowerGroup mostra que estes profissionais valorizam oportunidades de aprendizagem e requalificação.
Nos emergentes, onde há uma maior escassez de talento qualificado, se os empregadores estiverem dispostos a atuar como “educadores”, o retorno do investimento, a longo prazo, poderá ultrapassar o dos mercados maduros.
Equilibrar o aumento salarial de mercados maduros apostando nos incubadores: o estudo indica que os mercados incubadores mostram um grande potencial para os serviços digitais, indústria avançada e energias limpas, e apresentam uma oportunidade de equilíbrio entre o trabalho qualificado e a competitividade de custos. Têm por isso potencial para fornecer talento de crescimento altamente qualificado para estes setores específicos de rápido crescimento, a valores competitivos.
Por um lado, o mix geracional, com a presença de uma grande percentagem de talento jovem com salários competitivos, indica um retorno a longo prazo para as empresas que optam por este investimento. Por outro, a aposta a médio prazo nestes mercados, permite às empresas aceder a novos segmentos e competências que têm o potencial de reforçar também o seu crescimento nos mercados onde já estavam anteriormente presentes.
Desenvolvimento de modelos contratuais menos rígidos: à medida que os trabalhadores qualificados transitam para modelos de trabalho mais flexíveis, torna-se essencial que também os contratos o sejam. Observa-se mais clientes a usar a contratação temporária para ampliar as suas bases de talento e melhorar a diversificação de competências, acendendo a trabalhadores altamente qualificados que optam por modelos de trabalho mais flexíveis. As maiores taxas de trabalhadores sem vínculo permanente também são um sinal da preparação do mercado de trabalho para modelos remotos.








