Fundação Cepsa atribui prémios a quatro associações de impacto social

A petrolífera espanhola Cepsa atribuiu ontem prémios monetários a quatro associações de impacto social na 10.ª edição portuguesa dos Prémios ao Valor Social.

Foi no auditório do Padrão dos Descobrimentos que a Fundación Cepsa levou a cabo a cerimónia da 10.ª edição dos Prémios ao Valor Social – uma iniciativa que tem como objetivo reconhecer e impulsionar os projetos sociais que promovam a inclusão e o bem-estar de grupos de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Esta atividade, que, ao longo de 14 edições (a nível global), atribuiu 2,5 milhões de euros, já apoiou a concretização de 296 projetos em Portugal, Brasil, Gibraltar, Canárias, Madrid, Huelva e Colômbia.

Nesta 14.ª edição foram atribuídos 400 mil euros aos melhores projetos dos vários pontos do globo. No caso português, das 65 candidaturas apresentadas foram reconhecidas quatro associações: Associação de Ajuda ao Recém-Nascido Banco do Bebé; Associação Algarvia de Pais e Amigos de Crianças Diminuídas Mentais (AAPACDM); Agência Piaget para o Desenvolvimento (APDES); e o Serviço Jesuíta aos Refugiados – Associação Humanitária.

Nos dez anos de atuação da Fundação em Portugal, foram contabilizadas perto de 600 candidaturas  tendo sido diretamente beneficiadas 43 associações, o que equivale a 450 mil euros destinados a ações sociais no âmbito destes prémios.

Em conversa com o Link To Leaders, Ruth Breitenfeld, vice-presidente da Cepsa em Portugal, explicou que esta iniciativa se encaixa nos valores da petrolífera, na medida em que “a solidariedade é um valor fundamental da nossa vida pessoal e profissional já que grande parte do nosso tempo é passado no local de trabalho”.

Conceição Zagalo, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa e presidente do júri dos Prémios ao Valor Social, também salientou a importância de iniciativas como a da Fundación Cepsa no impacto direto nas associações que necessitam de apoio, assim como o exemplo dado às outras empresas que ainda não abraçaram ações sociais como esta.

“Em Portugal, os prémios ao Valor Social representam uma verdadeira fatia de leão no panorama social, ambiental, cultural e económico”, acrescenta Conceição Zagalo.

Projetos vencedores:

“Ser Mais Família” – Banco do Bebé
O Banco do Bebé trabalha diretamente com famílias em risco social que tenham bebés até aos três anos. No ano passado, a Associação apoiou perto de 100 famílias nas zonas de Lisboa, Loures e Odivelas. O dinheiro deste prémio vai ser utilizado para realizar workshops junto dos pais e mães destas famílias.

“Crescer, com sentido(s)” – AAPACDM
Já a Associação algarvia, que leva a cabo terapias multissensoriais Soezelen, explicou que o motivo da sua candidatura se prendeu com o facto das suas instalações, devido à sua localização, não estarem totalmente adequadas às necessidades dos clientes. Com o dinheiro atribuído pelos Prémios ao Valor Social, a AAPACDM vai conseguir relocalizar as suas instalações e dotar dois espaços com os equipamentos necessários.

“De pequenino se constrói o caminho” – APDES
A APDES tem como objetivo promover a saúde mental e melhorar a qualidade de vida das mais de 8 mil crianças e jovens vítimas de abusos que estão alojadas em lares adotivos. O prémio vai ser utilizado para reforçar e dar continuidade a esta relação.

“Especiarias da minha terra” – Serviço Jesuíta aos Refugiados
A ideia do Serviço Jesuíta aos Refugiados é promover a empregabilidade de imigrantes e refugiados em Portugal. Com o projeto “Especiarias da minha terra”, a Associação pretende apoiar 40 recém-chegados ao país que se encontrem em extrema vulnerabilidade.

No total, estas quatro associações receberam 50 mil euros para financiarem os seus projetos.

Padrinhos

A Cepsa não se limita a atribuir prémios monetários a estas Associações. Para que isto aconteça, cada uma das organizações candidatas tem de ter um padrinho ou madrinha – um colaborador ativo da companhia petrolífera que apoie cada uma das associações.

Sobre este tema, a vice-presidente da Cepsa referiu que costuma dizer “que é fácil agradecer o bem e faz bem fazer bem. E todos nós colaboradores nos sentimos parte integrante de um movimento que permite dar à sociedade aquilo que ela também nos dá a nós, ou seja, o privilégio de podermos servir com energia o seu bem-estar. Nós tentamos também devolver em parte esse bem-estar ao envolver os nossos trabalhadores neste projeto de solidariedade”.

Ruth Breitenfeld, vice-presidente da Cepsa Portugal.

Preparação para a edição de 2019

Os responsáveis da Cepsa deixaram claro que os Prémios ao Valor Social vão continuar a deixar o seu cunho na sociedade portuguesa. “O entusiasmo é a norma neste projeto. Não posso dizer que tenhamos de fazer um esforço redobrado para que as pessoas participem, o entusiasmo é enorme. É um projeto em crescendo, que não vejo que tenha um prazo limitado e que nós queremos que tenha cada vez mais relevância”, indicou Ruth Breitenfeld.