Opinião

Empreendedorismo na mudança de carreira

Paulo Bernardo, CEO da Wingsfeel – Coaching & PNL

Trabalhar uma vida inteira apenas para pagar contas, ou usufruir do que o dinheiro nos pode proporcionar, não é de todo a felicidade que todos procuram.

Quando nos encontramos num beco sem saída, onde dedicamos uma vida à empresa, mas bem dentro de nós, só encontramos um vazio, o que fazer? Pensamentos de medo, de incerteza. Deixar ter o que sempre tivemos, assolam-nos diariamente. Mas, bem dentro de nós, existe algo mais forte que é ser empreendedor(a) e que o nosso Propósito de Vida não é este que seguimos até agora.

Pensamos na nossa zona de conforto, onde temos tudo o que precisamos no mundo material, mas no mundo interior continuamos a sentir uma vontade maior. De nos despedirmos e de seguir a intuição: mudar de carreira, seguir um Propósito de Vida e formar a nossa própria empresa, o nosso próprio trabalho.

O “como” surge vezes sem conta na nossa mente, mas por experiência própria, afirmo com toda a certeza que o “como” começa a surgir após a decisão comprometida, dia após dia. É como conduzir de noite, numa viagem Lisboa-Porto. Sabemos qual o destino, mas os faróis apenas apontam o caminho à medida que vamos caminhando.

“O caminho faz-se caminhando”

A decisão comprometida é o primeiro passo e o menos fácil, mas quando avançamos, queimamos todas as pontes que nos poderiam trazer para trás. Após este passo, abre-se um novo mundo que nunca pensamos existir: mas eu posso garantir-te que existe!

Eu conheci este novo mundo quando procurei um profissional credenciado que me auxiliasse. De um leque de inúmeras carreiras que poderia enveredar, fui afunilando as várias possibilidades até que, pelo processo de eliminação, cheguei a uma única que me fazia sentido. Todas as possibilidades iniciais de empreendedorismo, foram experienciadas e sendo eliminadas à medida que não iam fazendo sentido e que não ressoavam dentro de mim.

Tornarmo-nos empreendedores é possível. Sermos os donos do nosso tempo, sermos os gerentes do nosso trabalho, sermos quem realmente somos: criativos.

Não é um processo fácil, tanto mental como físico, mas é um processo possível para todos. Eu sou a prova viva que é possível. Quando trabalhamos o nosso autoconhecimento e o nosso desenvolvimento pessoal, descobrimos que somos muito mais fortes do que alguma vez imaginámos. Descobrimos quem realmente somos: cocriadores. Estas capacidades mentais todos temos dentro de nós e como sendo como um músculo qualquer do corpo, também terão de ser exercitadas e treinadas para os resultados que queremos obter na nossa vida.

Num dia normal de trabalho, 95% do nosso dia é conduzido pela nossa mente subconsciente, onde estão instalados os nossos “programas” mentais, crenças e comportamentos, sendo que em apenas 5% do dia, usamos a nossa mente consciente, ou mente pensante. Isto leva-nos à conclusão de que passamos a maior parte da nossa vida em “piloto automático” sem exercitar a nossa criatividade para fazer algo diferente.

O primeiro passo é o menos fácil: procurar o profissional certo para facilitar o nosso caminho, mas este passo é garantidamente o mais importante e o que fará a diferença na mudança de vida.

“Em todo o desafio que a vida nos coloca, a solução está presente”.

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