Empreendedores juntam-se para formar jovens como cidadãos políticos

Capacitar os jovens para se tornarem “atores da democracia” é o desígnio do projeto Próxima Geração – Apolitical Academy. A iniciativa reúne nove empreendedores.

A Próxima Geração – Apolitical Academy é um novo projeto que acaba de chegar ao mercado nacional pela mão de nove empreendedores de várias áreas de atividade e com provas dadas no desenvolvimento de projetos de formação e inovação para a sociedade civil.

Trata-se de instituição global apartidária que tem como missão formar e ajudar a eleger a próxima geração de cidadãos políticos, contribuindo desta forma para a melhoria e inovação do sistema democrático no país.

Ricardo Marvão, cofundador da Beta-i e de projetos educacionais como a European Innovation Academy e Singularity University Portugal; Fernando Soares, diretor de Desenvolvimento e Financiamento da Universidade Nova de Lisboa; Adriana Cardoso, comunicadora em ciência no jornal Público e Comunidade Cultura e Arte; Nuno Alvim, especialista em economia da concorrência e consultor na RBB Economics Partner, em Bruxelas; Nuno Carneiro, fundador e coordenador da comunidade cívica Política Para Todos; Luís Lacerda, investigador na University College London; Simone Uriartt, designer estratega em inovação social e governança centrada no ser humano; João Costa, diretor de Pessoas & Cultura da FRVR; e Teresa Dias Coelho, economista e cofundadora da ONGD WACT – We Are Changing Together, são os mentores do Próxima Geração – Apolitical Academy.

Seis dos empreendedores envolvidos no projeto

A academia irá formar jovens entre os 16 e 30 anos, através de programas de mentoria gratuitos, para se tornarem atores políticos e serem capazes de procurar as melhores soluções para dar resposta aos desafios dos dias de hoje.

Os programas da academia terão início este ano e serão direcionados ao cidadão comum, de diferentes realidades socioeconómicas e regiões do país e com diferentes ideologias. Ao longo de 2022, serão lançadas as primeiras duas edições do programa de 12 semanas em formato híbrido (presencial e online), onde cada participante irá adquirir competências de liderança, comunicação política e políticas públicas, através de desafios e projetos reais, discussão de temáticas atuais (globais e locais) e casos de (in)sucesso de oradores que relatam a sua experiência.  Até final de 2023, a Próxima Geração – Apolitical Academy pretende qualificar 200 políticos.

Os baixos níveis de participação na sociedade civil, espelhados no estudo de 2021 do International Institute for Democracy and Electoral Assistance, foi uma das motivações para lançar o projeto que já está presente noutros países do mundo.

“Não podíamos estar mais entusiasmados com o facto de Portugal ter aderido à família Apolitical Academy Global. A equipa fundadora da Próxima Geração é empreendedora, progressista e profundamente empenhada em trazer a próxima geração de políticos transformadores a Portugal, para revitalizar a democracia para o século XXI”, congratulou-se Lisa Witter, CEO da Apolitical Global.

Além de Portugal, a Apolitical Academy conta com quatro academias em países com contextos políticos diferenciados, incluindo Suécia (desde 2016), África do Sul, Cáucaso e Paraguai (desde 2021) e já formou 253 jovens políticos em cinco anos. No próximo ano, está planeada a abertura de mais 11 novas academias a nível mundial.

“Focados em liderança pessoal, propósito público, tecnologia, ética e valores, e sustentado por um processo de mentoria de alto nível, os nossos programas irão identificar e apoiar pessoas de fora e dentro da esfera política que desejam fazer a transição para o serviço público, mas que carecem de redes e oportunidades de desenvolvimento pessoal para fazê-lo por conta própria. Queremos cativar o cidadão comum, sobretudo os mais jovens, para trazer a sua experiência e competências para gestão do bem comum “, frisou Ricardo Marvão, que assume a função de diretor executivo da Próxima Geração – Apolitical Academy

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