Economia nacional cresce 4,3% em 2022, prevê o Católica Lisbon Forecasting Lab

O NECEP – Católica Lisbon Forecasting Lab, divulgou ontem as suas previsões para a economia portuguesa. Para 2022 é esperado um crescimento na ordem dos 4,3%, vaticina.

De acordo com as previsões económicas reveladas ontem pelo NECEP – Católica Lisbon Forecasting Lab, o nível de atividade da economia nacional teve no 3.º trimestre deste ano, o maior aumento desde o início da pandemia e das políticas de confinamento adotadas em março do ano passado. O relatório estima que a economia tenha crescido 1.5% em cadeia ou 2.9% em termos homólogos, pelo que deverá estar a operar a cerca de 95.6% do nível do 4.º trimestre de 2019, este ainda sem os efeitos da pandemia.

Também de acordo com o Católica Lisbon Forecasting Lab, a performance económica nos restantes meses do ano deverá sofrer a influência da intensidade das restrições à atividade económica em Portugal e na Europa, assim como da economia internacional com sinais de abrandamento oriundos dos Estados Unidos, da China e da Zona Euro.

Para o próximo ano, as previsões apontam para um crescimento de 4.3% o que permitiria um nível de atividade equivalente a 99% de 2019. A partir daí, o crescimento deverá abrandar para cerca de 2%, devido às previsíveis medidas de consolidação orçamental em 2023.

Por outro lado, refere a análise, as tensões inflacionistas que se observam, nomeadamente a nível europeu e nos EUA, deverão refletir-se também em Portugal, com uma inflação esperada de 1% já este ano e de 1.3% em 2022.

Quanto ao desemprego poderá ficar abaixo dos 7% já em 2021, com um cenário central de 6.7%, evoluindo depois para 6.2% no próximo ano.

O NECEP – Católica Lisbon Forecasting Lab conclui ainda que o cenário central de crescimento do PIB em 2021 está nos 3.7. Trata-se de uma revisão em alta de 0.2%, justificada pela melhoria dos serviços e exportações, que colocaria a economia portuguesa a operar no limiar dos 95% do nível de 2019.

Perante as incertezas ainda instaladas no mercado, o relatório salienta ainda que este ano o crescimento poderá oscilar entre 3.2% e 4.2% em função da intensidade das limitações à atividade económica e da dimensão do apoio orçamental às empresas e famílias mais afetadas pela crise.

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