Onde os investidores vão apostar em 2018
Saiba onde dois investidores de capital de risco vão colocar grande parte do seu dinheiro em 2018.
Big Data, inteligência artificial, carros autónomos, moedas virtuais e realidade virtual e aumentada foram apenas algumas das tendências deste ano. A maioria destes temas vai continuar a estar na ordem do dia no ecossistema mundial de start-ups em 2018, mas quais vão ser as próximas grandes classes de start-ups a receberem mais investimento?
Para responder a esta pergunta o palco principal da Web Summit recebeu Jim Breyer, fundador da Breyer Capital, e Dana Settle, cofundadora e partner da Greycroft.
Um dos temas mais fortes de 2017 e que, inevitavelmente, criou várias discussões à sua volta foi a inteligência artificial. Magnatas do mundo tecnológico, como Elon Musk, já se mostraram preocupados com esta temática.
Independentemente disto, estes dois investidores esclareceram que esta é a categoria tecnológica em que vão apostar mais, juntamente com a de machine learning.
Jim Breyer, um experiente investidor que em 2005, chegou – juntamente com a sua empresa – a ser dono de 11% do Facebook (numa altura em que a rede social valia pouco mais de 84 milhões de euros), mostrou-se bastante entusiasmado em investir em start-ups que desenvolvam este tipo de tecnologia.
Breyer explicou ainda que ele e Dana Settle não são, de todo, as únicas pessoas com esta visão. “As maiores empresas do mundo são tecnológicas e todas elas estão a procurar o melhor talento na área de inteligência artificial”, explicou.
Na opinião de Dana Settle, cofundadora da Greycroft e que já investiu em start-ups que foram vendidas a empresas como o LinkedIn, Dreamworks e a Disney, o futuro passa pela inteligência artificial e qualquer pessoa que tenha conhecimentos nesta área tem um grande ativo na sua panóplia de conhecimentos.
“China, China, China”. Esta foi a resposta, em tom humorístico, do investidor da Breyer Capital em relação ao país em ia apostar. Explicou ainda que grande parte dos seus investimentos podem ir para a China, visto que o ecossistema de start-ups do país asiático está muito focado no desenvolvimento de inteligência artificial.
Jim admitiu também ter feito recentemente uma viagem à Ásia com Mark Zuckerberg, que resultou num deslumbramento por parte do investidor e do fundador do Facebook. Ambos os investidores concordaram que a inteligência artificial é apenas um canal para a disrupção de outros setores. A saúde e a educação foram apenas dois exemplos dados no palco principal do Web Summit.
Houve ainda tempo para Breyer dar a sua opinião sobre o que é o futuro do empreendedorismo. Segundo o investidor, as próximas grandes inovações vão nascer de alunos de qualquer um dos centros académicos mais desenvolvidos do mundo, acrescentando que os próximos grandes inovadores vão nascer de temas como o deep learning, machine learning e a inteligência artificial.