As 4 principais tendências tecnológicas que vão marcar 2023

A inteligência artificial volta a ganhar destaque, mas terá aplicações práticas e estará ligada a outros conceitos como Internet das Coisas e Smart Cities. A previsão é da Forbes.
Que a tecnologia faz parte do nosso dia a dia é um facto inegável. Todos os anos surgem novas invenções e a tendência continuará à medida que o ritmo de desenvolvimento de tecnologias emergentes e disruptivas aumenta vertiginosamente. Mas afinal quais serão as tendências tecnológicas que irão marcar 2023?
Embora existam muitos tópicos de tecnologia impactantes, como Internet das Coisas, 5G, espaço, genómica, biologia sintética, automação e realidade aumentada, há quatro áreas da tecnologia para manter um olhar atento no próximo, segundo a Forbes. São elas Open AI, inteligência artificial (IA), computação cognitiva e computação quântica.
1. OpenAI e ChatGTP
Recentemente, a plataforma de open source OpenGPT chamou a atenção para o potencial da IA e as suas correlações semelhantes às humanas, especialmente ao se expressar em análises escritas. O DALL-E, outra aplicação OpenAI, mostrou a capacidade de criar imagens a partir de instruções básicas. “A noção de IA a escrever o seu próprio código, a criar as suas próprias linguagens é intrigante e potencialmente alarmante”, revela a Forbes.
Outra área de potencial avanço para a IA é a interface humano/computador que aumentará a capacidade e a memória do cérebro humano. A ciência já está a fazer grandes avanços na interface cérebro/computador – o que pode incluir chips neuromórficos e mapeamento cerebral. As interfaces cérebro-computador são formadas através de dispositivos emergentes que possuem sensores implantáveis que registam sinais elétricos no cérebro e usam esses sinais para accionar dispositivos externos.
2. Inteligência artificial
Foi demonstrado que uma interface cérebro-computador é capaz de ler pensamentos. Isso é feito quando uma placa de elétrodo chamada ECOG é colocada em contato direto com a superfície do cérebro para medir a atividade elétrica.
Uma publicação da Frontiers in Science que contou com a colaboração de académicos, institutos e cientistas resumiu a promessa da interface humano-computador. Os investigadores concluíram que “podemos imaginar as possibilidades do que pode vir a seguir com a interface cérebro-máquina humana. Um sistema B/CI humano mediado por nanorrobótica neural poderia capacitar os indivíduos com acesso instantâneo a todo o conhecimento humano cumulativo disponível na nuvem e melhorar significativamente as capacidades e inteligência de aprendizado humano”.
Além disso, pode fazer a transição de realidades virtuais e aumentadas totalmente imersivas para níveis sem precedentes, permitindo experiências mais significativas e uma expressão mais completa para e entre os utilizadores. Com o surgimento de todas as tecnologias, vem a fusão de como podem funcionar em conjunto.
3. Computação cognitiva
O mundo da computação testemunhou grandes avanços desde a invenção da calculadora eletrónica na década de 1960. Os últimos anos foram especialmente transformadores no processamento de informações. O futurista Ray Kurzweil disse que a humanidade será capaz de “expandir o escopo da nossa inteligência um bilião de vezes” e que “o poder da computação duplica, em média, a cada dois anos. Descobertas recentes na área da física e nanotecnologia transportam-nos para uma realidade de computação cognitiva que não poderíamos ter imaginado há uma década.
“A computação biológica é a ciência avançada de usar produtos biológicos para executar ações que tradicionalmente seriam feitas usando componentes como fio de cobre e fibra de vidro. Componentes biológicos comuns usados nesses estudos incluem aminoácidos e DNA. As funções computacionais podem ser executadas pela manipulação de reações químicas naturais encontradas nessas substâncias”, explica a Forbes.
No futuro, os biocomputadores poderão ser armazenados no DNA de células vivas. Essa tecnologia poderá armazenar quantidades quase ilimitadas de dados e permitir que os biocomputadores realizem cálculos complexos, além das nossas capacidades atuais.
4. Computação quântica
A computação quântica será capaz de fornecer velocidade computacional sem precedentes, com análise preditiva para resolver problemas. A tecnologia quântica, que usa as caracterizações exclusivas de partículas subatómicas para processar entradas de dados, poderá revolucionar, desde a segurança cibernética até as análises em tempo real.
Esta tecnologia pode ser direcionada e aumentada através da inteligência artificial, operar numa estrutura 5G ou 6G, oferecer suporte à IoT e catalisar a ciência de materiais, a biotecnologia, a genómica e o metaverso.