Fundo português Mustard Seed Maze entra no capital de start-up britânica de produtos amigos do ambiente

A ronda de investimento pre-seed que financiou a Connect Earth foi liderada pelo fundo português Mustard Seed Maze. O capital permitirá à start-up britânica de produtos amigos do ambiente ganhar tração e expandir a sua oferta de dados por toda a Europa e Estados Unidos

A Connect Earth, que agrega e disponibiliza dados climáticos sediada em Londres, está a construir uma infraestrutura para ajudar empresas a desenvolver produtos amigos do ambiente, fechou a sua primeira ronda de financiamento, angariando 1, 8 milhões de dólares (1,6 milhões de euros) para fazer crescer a sua solução na Europa e nos EUA.

Fundada em setembro de 2021 por Alexander Lempka e Nicolas Carmont, durante o programa Entrepreneur First, a Connect Earth consolida e harmoniza os dados climáticos e disponibiliza-os através de APIs (Application Programming Interface) e ferramentas digitais.

“Acreditamos que em 2030 todos os produtos vão precisar de refletir consciência ambiental na forma como são apresentados aos consumidores. Na Connect Earth, estamos a construir a infraestrutura e as ferramentas para sustentar esta transição, começando pelo sector financeiro. Estamos entusiasmados pela oportunidade de escalar a nossa solução juntamente com a nossa equipa e investidores”, explica Alexander Lempka, cofundador e CEO da Connect Earth, em comunicado.

O seu primeiro produto já está disponível para bancos e fintechs a nível mundial – uma solução API que calcula o impacto de dióxido de carbono dos consumidores e empresas com base nos seus gastos, de acordo com as normas de contabilização de carbono. A tração até à data inclui a execução de um PoC (Proof of Concept ou Prova de conceito) com o Elevator Lab promovido pelo Raiffeisenbank International Group (RBI Group) e com o banco americano Cogni para envolver a Geração Z, o seu público-alvo.

Além disso, a start-up também serve as empresas de climatetech com o seu motor de dados climáticos, disponibilizando-os a uma fração do custo de outros fornecedores tradicionais. Atualmente, estas empresas podem solicitar acesso antecipado às suas APIs no website da Connect Earth.

“Temos a oportunidade de construir ferramentas que ajudarão as instituições financeiras e as climatetechs a incorporar sustentabilidade nos seus produtos de forma simples e acessível. O espaço de dados climáticos é muito difícil de navegar sem conhecimento profundo sobre o tema. Com a Connect Earth, queremos simplificar o acesso tornando o desenvolvimento de produtos com features climáticas muito mais fácil para as empresas que querem ter um impacto positivo”, complementa Nicolas Carmont, cofundador e CTO da Connect Earth.

Os principais investidores na ronda foram os fundos Mustard Seed Maze (MSM), Market One Capital, D2, Plug and Play, Entrepreneur First e Venista Ventures, juntamente com angel investors estratégicos, explica a nota enviada às redações.

Para Henry Wigan, Managing Partner do fundo português de impacto ambiental e social MSM, a “Connect Earth está a construir uma infraestrutura credível para que as empresas possam incorporar dados climáticos nos seus produtos de forma simples. Acreditamos que esta infraestrutura é a peça que faltava para podermos tomar decisões de negócio com consciência ambiental.  Estamos entusiasmados e gratos pela parceria com a Connect Earth e pela jornada que temos pela frente”.

A empresa conta já com 10 pessoas, mas prevê reforçar a equipa para 15 até ao terceiro trimestre de 2022.

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