Estudo da Mercer diz que 31% das empresas ainda devem contratar em 2021
O relatório de 2021 do Total Compensation Portugal, da Mercer, traça o cenário salarial no mercado nacional e as intenções de contratação das empresas.
Cerca de 31% das empresas nacionais preveem o aumento do número de colaboradores ainda em 2021, 27% afirma ter essa mesma expetativa para 2022, e apenas 7% afirma pretender reduzir a sua estrutura. Estas conclusões estão presentes no mais recente Total Compensation Portugal 2021, um estudo realizado pela Mercer e que envolveu mais de 500 empresas, no mercado português, de vários setores de atividade.
O estudo divulgado esta semana indicia que com a recuperação pandémica e económica à vista, as empresas mostram mais segurança. Apesar disso, ainda existe alguma incerteza no que se refere às intenções de contratação para 2022, uma vez que, até à data, 41% não decidiu se pretende aumentar, manter ou reduzir o número de efetivos.

Fonte: Total Compensation Portugal, Mercer
Também a previsão dos aumentos salariais para 2022 mostram uma ligeira subida face aos de 2021. O número de empresas com congelamentos salariais previstos para 2022 diminuiu comparativamente a 2021 (7% vs. 11%). A maioria das empresas consideradas no estudo da Mercer aponta o desempenho individual do colaborador, o posicionamento na grelha salarial e os resultados da empresa como os principais fatores de incremento salarial.
Entre os benefícios mais frequentemente atribuídos pelas empresas estão o plano de saúde (92%) e o automóvel (89%). Acrescente a isto o facto de se observar uma maior preocupação das empresas com a formação dos colaboradores, o que fica patente no facto de 46% da amostra ter atribuído apoios à educação.

– Fonte: Total Compensation Portugal, Mercer
“Os dados observados em 2021 no âmbito do Total Compensation apresentam-se como sinais de uma recuperação positiva da pandemia. A maioria das organizações demonstram agora mais confiança, e assumem a intenção de contratar e de oferecer incrementos salariais aos seus colaboradores”, esclareceu Marta Dias, Rewards Leader da Mercer Portugal a propósito desta análise. Acrescenta ainda que “os próprios colaboradores parecem estar mais confortáveis com situações de mudança, fator que pode ser avaliado através do indicador de rotatividade voluntária. Apesar de ainda um pouco distantes do observado em 2019, todos os indicadores apresentam uma evolução muito favorável”.








