Como estão as empresas a apoiar os colaboradores durante a pandemia? A Mercer responde.

A Mercer quis saber de que forma estão as empresas a apoiar os colaboradores durante a pandemia. Eis algumas das conclusões.
Para avaliar a maneira como as empresas estão a apoiar os seus colaboradores nesta fase critica, a Mercer iniciou no dia 18 de março um estudo intitulado de “Globally, how are companies supporting their employees during this outbreak? – que pode ser acompanhado em tempo real – e cujos indicadores já permitem chegar a algumas conclusões acerca do comportamento dos empregadores face aos seus colaboradores neste período de crise generalizada.
Tiago Borges, Rewards Leader da Mercer Portugal, explicou ao Link To Leaders que o estudo está a decorrer a nível mundial, e tem uma particularidade que o distingue de outros estudos do género: estará decorrer enquanto a pandemia progredir, e permitirá monitorizar a evolução das respostas das empresas aos desafios colocados pela pandemia. Além disso, esclareceu, “os resultados vão sendo automaticamente atualizados sempre que existem novos participantes, o que permite à Mercer medir o pulso das organizações (globalmente e por região) no que diz respeito às medidas tomadas em resposta aos desafios criados pelo COVID 19, num conjunto de tópicos agregados nas seguintes áreas: impactos na infraestrutura; compensação; trabalho remoto e flexibilidade”.
Os dados apurados até à data, permitem concluir que mais de 59% das empresas inquiridas afirma ter um plano de continuidade ou plano de preparação para uma pandemia já implementado para responder à ocorrência de uma pandemia. Por outro lado, 43% refere que o impacto do surto de COVID-19 nas operações é moderado.
Mas há outros dados menos otimistas, já que 68,09% das empresas contempladas no estudo afirma ter encerrado os escritórios devido à pandemia; 35,83% afirma ter congelado os processos de contratação em todos os departamentos; e 37,33% refere que, apesar de não ter congelado o processo de recrutamento, procedeu a uma transformação do mesmo na medida em que todas as entrevistas são realizadas remotamente, de forma virtual.
Outros indicadores do estudo destacam ainda que cerca de 25% das organizações que têm colaboradores a trabalhar on-site estão a atribuir-lhes alguma forma de compensação suplementar; que 58 % das organizações estão preocupadas com a capacidade da sua infraestrutura tecnológica para dar resposta às necessidades de trabalho remoto; que 21 % das organizações estabeleceram momentos virtuais de wellness para trabalhadores remotos, apoiando “intervalos para o café”, “momentos de ioga” e outro tipo de iniciativas, com base nas necessidades dos funcionários; e que 35 % das organizações estão a providenciar soluções para lidar com temas de stress psicológico dos colaboradores, tendo em conta o contexto atual.
O “Globally, how are companies supporting their employees during this outbreak?” abrange muitos outros indicadores, em diversos parâmetros do relacionamento entre empregador e colaborador. Pode consultar o estudo atualizado e em tempo real no site da Mercer.
“Incentivamos as organizações a participarem neste estudo, contribuindo desta forma para uma melhor monitorização das tendências globais de resposta das organizações ao COVID 19, e proporcionando um conjunto de informação sobre as práticas aplicadas pelas empresas num conjunto alargado de tópicos”, concluiu Tiago Borges, da Mercer Portugal.