Tem dificuldade em cumprir os regulamentos? Há uma start-up que facilita essa tarefa.

Muitas empresas ainda se debatem com a complexidade do cumprimento dos regulamentos como o RGPD ou o ISO. A Hyperproof é uma start-up norte-americana que está a desenvolver uma nova solução que pretende ajudar a criar um fluxo de trabalho mais organizado que garanta a conformidade com as diferentes regulamentações.
A complexidade dos processos de conformidade com diferentes regulamentos continua a ser uma dor de cabeça para algumas empresas que não possuem as estruturas adequadas para implementar as etapas que esses processos envolvem.
Habitualmente não existe um lugar único em que todos os intervenientes que têm que lidar com estes processos de conformidade regulamentar possam fazer esse trabalho. Por vezes, isso pode incluir um sistema SAP para um diretor financeiro ou um sistema de CRM para o diretor de vendas ou marketing.
Mas essa é uma tarefa que a norte-americana Hyperproof pretende ajudar as empresas a ultrapassarem criando um programa que pode ser usado simultaneamente por todos. O utilizador indica qual regime de conformidade em que deseja trabalhar e a start-up cria um espaço de trabalho onde o utilizador tem acesso a todos os requisitos necessários para esse regulamento.
Ou seja, a Hyperproof coloca todas as tarefas num único workflow para simplificar e organizar as atividades em torno do enquadramento regulamentação específico. O programa permite importar uma folha de cálculo com as informações necessárias, ou escrever os requisitos necessários. Assim que as regras estiverem definidas, os vários departamentos das empresas poderão começar a trabalhar de forma colaborativa para o cumprimento da regulamentação.
A solução desta start-up cria um registo imutável com um rastreio direto de auditoria para a recolha de dados. No caso da empresa sofrer uma auditoria, esta tem um ponto central para mostrar ao auditor onde estão agregados os dados e toda a informação sobre o processo de recolha. No futuro, a Hyperproof pretende incluir mais automação e APIs para ligar diretamente a outros sistemas para automatizar muitas das atividades.
A start-up foi fundada no ano passado e juntou 3 milhões de dólares (2,7 milhões de euros) provenientes de 23 business angels de Seattle, cidade onde está sedeada. O fundador da empresa Craing Unger é ex-funcionário da Microsoft e já esteve ligado à fundação da Azuqua, uma start-up que desenvolveu soluções de workflow, vendida, posteriormente, à Okta em 2019 por 52,5 milhões de dólares (47,3 milhões de euros).