Enfrente a procrastinação e comece o ano com uma nova atitude!

Está constantemente a adiar trabalhos? A começar pelos mais fáceis e a deixar os mais complicados para o final? A isso chama-se procrastinação e as pesquisas encontram algumas explicações para essa atitude.

Quem nunca adiou tarefas, com a desculpa do amanhã faço? Certamente que essa atitude é familiar e muitas vezes perante uma lista de pequenas tarefas, como por exemplo responder a emails, ou de outras mais complexas, como uma eventual reformulação da sua estratégia de negócio, a realidade mostra que, no meio do caos, a tendência é escolher as mais fáceis em primeiro lugar e adiar as mais difíceis.

Uma pesquisa da Kellog School Of Management (KSM) liderada por Maryam Kouchaki (professora associada da KSM) sugere que tendencialmente as pessoas gravitam nas tarefas mais simples e fáceis quando têm pela frente um trabalho mais “pesado”. Uma estratégia que, segundo os responsáveis da pesquisa, não compensa no longo prazo, na medida em que, referem, apesar de no curto prazo a pessoa sentir-se satisfeita e menos ansiosa com o sentido de missão cumprida, ao evitar indefinidamente as tarefas mais difíceis também elimina oportunidades de aprender e melhorar as suas capacidades.

A ideia de realizar esta análise partiu de Maryam Kouchaki quando, em conversa com colegas, constatou a sua própria tendência para adiar as tarefas difíceis e começar por executar as mais fáceis. A ideia subjacente era perceber também se esta abordagem era generalizada, e quais os seus efeitos sobre o desempenho de curto e longo prazo.

A verdade é que há um falso sentido de avanço com as tarefas mais fáceis. No imediato, essa atitude até pode parecer que aumenta a produtividade e confere uma sensação de progresso no trabalho. No entanto, a longo prazo, cria um desfasamento na concretização das tarefas.

Para evitar essa tentação, a pesquisa da KSM aconselha os gestores a incentivarem os seus colaboradores a executarem primeiro as tarefas mais complicadas e a dividir os projetos em partes menores para que tenham a satisfação de concluir cada etapa.

O objetivo é ajudá-los a perceber o quanto isso é fundamental para a aprendizagem e desempenho de longo prazo. Dividir projetos complexos em pequenas tarefas pode ajudar os colaboradores a ter a adrenalina necessária quando completam tarefas fáceis, ao mesmo tempo que oferece desafios e oportunidades de desenvolvimento. Se ficar “preso” num projeto difícil, às vezes pode concluir uma tarefa mais simples para ganhar impulso e continuar na mais difícil, mas não faça disso uma estratégia padrão.

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