Chanel investe em start-up de “green chem” e reforça compromisso com sustentabilidade

A famosa casa de alta costura francesa Chanel está a investir em sustentabilidade através do apoio a uma start-up ecológica sediada em Boston.
O gigante de moda de luxo adquiriu uma participação minoritária na Evolved by Nature, uma start-up de Boston. Esta empresa trabalha na área da “green chem” também conhecida como ou química verde e desenvolveu uma forma de usar a seda líquida na criação de têxteis de alto desempenho, como uma alternativa natural aos produtos químicos agressivos ou tóxicos que geralmente são aplicados no processo.
A empresa de biomateriais está também em conversações com outras marcas de luxo para formalizar outras possíveis parcerias. “Há um enorme interesse em todos os segmentos, desde bens de luxo a bens domésticos”, disse Greg Altman, CEO da Evolved by Naturen.
Com esta parceria, a Chanel poderá explorar materiais inovadores, melhorias mecânicas e ópticas de diferentes tecidos, em linha com o posicionamento da empresa que visa criar constantemente materiais de qualidade excepcional e única. Esse investimento faz parte da estratégia da empresa em investir em tecnologia verde.
O interesse da Chanel num processo de produção de moda mais limpo é uma tendência no setor. Em junho, a marca Gap divulgou o objetivo de usar apenas algodão sustentável até 2025. Em maio tinha sido a PVH Corp, a empresa-mãe por trás da Calvin Klein e Tommy Hilfiger, a divulgar uma estratégia ‘Forward Fashion’ de forma a que as suas operações não gerassem impacto negativo no meio ambiente. A PVH Corp referiu que pretendia usar mais fontes de energia renováveis e reduzir os desperdícios a zero, evitando soluções de aterros sanitários e eliminando o uso de produtos químicos perigosos nos seus processos.
Também em maio, o gigante da tecnologia Google anunciou uma colaboração com a designer de luxo Stella McCartney, que usa análise de dados e aprendizado de máquina no Google Cloud para oferecer às marcas uma visão mais abrangente de suas cadeias de abastecimento e permitir medir com mais precisão o impacto ambiental.