A prova do possível impacto económico das incubadoras

3,2 mil milhões de euros e 3200 empregos. Estes são os números apontados por um estudo feito a uma incubadora norte-americana.

A notícia chega-nos dos Estados Unidos, mais precisamente de Nova Iorque. Na cidade que nunca dorme, a universidade de Tandon School of Engineering fez nascer a Future Labs, uma incubadora que está a dar frutos à economia de um dos maiores estados norte-americanos e que já se intitula como sendo um dos principais epicentros de empreendedorismo do país.

Este projeto universitário, nascido em 2009, deu a conhecer recentemente o impacto económico e social provocado pelas suas atividades. Tendo sido o primeiro ninho de ideias e de microempresas do estado nova iorquino, a Future Labs conta com o apoio da Corporação para o Desenvolvimento Económico do governo estatal.

Nestes quase nove anos de existência, a incubadora revelou que as suas práticas geraram mais de 3,2 mil milhões de euros para a economia da cidade. Em termos de emprego foram criados mais de 3200 postos de trabalho.

O espaço foi concebido para encorajar a cultura de empreendedorismo universitário, algo que estava em falta na cidade em 2009. Para além do emprego e do retorno financeiro gerado pelas start-ups inseridas na Future Labs, há mais dados do estudo a revelarem uma forte atividade desta categoria de empresas.

A par do crescimento do espírito empreendedor vieram os investidores. Esta é também uma das métricas analisadas pelo estudo. Os acordos entre os venture capitalists e as start-ups aumentaram oito vezes e os números relativos ao financiamento são 25 vezes superiores em comparação com há nove anos.

Kurt H. Becker, o vice dean para a investigação, inovação e empreendedorismo da universidade, explica em comunicado que exemplos como os de “Sillicon Valley e Boston há muito que ilustraram a importância de fortes universidades de engenharia no desenvolvimento de centros vibrantes de empreendedorismo tecnológico”.

Tal como Nova Iorque, Portugal tem mostrado vontade de fazer crescer o espírito empreendedor. Para apoiar e fomentar o ecossistema foram criadas incubadoras, aceleradoras, concursos, eventos, entre tantas outras iniciativas.

No entanto, a conclusão de um estudo recentemente feito pela Universidade de Coimbra revela que a informação dispersa sobre as incubadoras pode estar a dificultar o desenvolvimento do ecossistema português.

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