Web Summit 2025 arrancou ontem com casa cheia
Ontem, o Meo Arena encheu-se para dar início a mais uma edição da Web Summit, a 10.ª em Lisboa. Paddy Cosgrave, Carlos Moedas e Gonçalo Matias receberam os participantes.
Paddy Cosgrave, fundador e CEO da Web Summit, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e Gonçalo Matias, ministro adjunto e da Reforma do Estado, em representação do primeiro ministro Luís Montenegro, deram as boas vindas aos participantes da 10.ª edição da Web Summit Lisboa (WS) que arrancou ontem, ao final do dia, para três dias de tecnologia, inovação e negócios.
E foi com um desfile de bandeiras, qual Olimpíadas da Tecnologia, como lhe chamou Paddy Cosgrave, que os 153 países presentes na 10.ª edição da Web Summit se apresentaram em palco para dar início a uma das maiores conferências tecnológicas internacionais.
Num entusiástico discurso de abertura, o ministro Adjunto e da Reforma do Estado reforçou o papel de Portugal no panorama tecnológico mundial ao sublinhar que o país tem todas as condições para se tornar um líder mundial em Inteligência Artificial. “O país é competitivo em termos de custos, tem forte impacto e ambição global”, frisou Gonçalo Matias.
O ministro Adjunto e da Reforma do Estado lembrou ainda que “a tecnologia é hoje uma força que nos desafia a repensar a forma como governamos, como decidimos e como servimos”, e que os dados e a transformação digital “estão a remodelar a nossa economia, a nossa administração e até a própria ideia de governação”.
Por isso, e para preparar o país para transformação em curso, Gonçalo Matias referiu o objetivo de capacitar mais de dois milhões de cidadãos até 2030 com competências digitais básicas e avançadas, falou do lançamento da Amália, a IA portuguesa, e da aposta na captação de investimento em centro de dados.
Lembrou ainda que o país está a posicionar-se “como um dos principais centros europeus de gigafábricas de IA, com um investimento estimado superior a 16 mil milhões de euros”. Defendeu também que Portugal tem “uma posição estratégica verdadeiramente excecional” e que “é um hipercentro de cabos submarinos que ligam o mundo, enquanto Lisboa figura entre as cidades transcontinentais mais interligadas do mundo”.
Carlos Moedas, outro dos anfitriões do evento, que se prolonga até quinta feira, lembrou o início da criação da Unicorn Factory que começou “num pedaço de papel” e que hoje tem gabinetes de 16 unicórnios a que se juntará um 17.º, a revelar na próxima quinta-feira. Mas não se trata apenas unicórnios, salientou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, “temos 82 empresas de tecnologia que vieram para Lisboa, que fizeram a diferença e criaram mais de 16 mil empresas”.
Paddy Cosgrave lembrou os grandes negócios mundiais que começaram na Web Summit como a Revolut e não hesitou em afirmar “não tenho qualquer dúvida de que há outro Revolut na Web Summit, talvez vários”
A tenista Maria Sharapova e Khaby Lame, o influenciador senegalês (naturalizado italiano) mais seguido do Tik Tok, foram dois dos convidados que iniciaram o ciclo de conversas que a Web Summit promover até dia 13.
A edição deste ano tem como foco principal a Inteligência artificial (IA) que, como afirmou Gonçalo Matias, “já não é o futuro. Já está a reformular o mundo com um impacto económico calculado em 2,3 biliões de euros até 20230
O CEO da Web Summit S falou do impacto da IA, da automação e da robotização, e nesta edição destacou a presença da China e das tecnologias chinesas que prometem deixar a sua marca no evento.
Destaques de hoje
Além do espaço de exposição que ocupa a totalidade dos pavilhões das FIL, o segundo dia de Web Summit vai ser preenchido com dezenas de talks onde vão estar presentes nomes como Cristiano Amon, President & CEO, Qualcomm (Human-centered design in the age of AI ); Alex Schultz, CMO, Meta (The inside scoop: Digital marketing insights from Meta’s CMO); Louise McEwen, CMO, McLaren Racing (Drive to Survive: How McLaren keeps its brand in pole position); Jesse Zhang, Co-founder & CEO, Decagon AI (Decagon is winning the enterprise – Here’s how); ou A.G. Sulzberger, Chairman & Publisher, The New York Times (Truth in the age of propaganda and polarisation).








