Opinião
Voluntariado de competências: liderança que inspira e transforma

Cada vez mais empresas em Portugal reconhecem o voluntariado de competências como uma ferramenta poderosa para desenvolver pessoas e fortalecer equipas.
Ao aplicar o seu know-how em projetos sociais, os colaboradores geram impacto na comunidade e desenvolvem competências críticas para o futuro: comunicação, empatia, visão estratégica e adaptabilidade. Estudos mostram que o voluntariado proporciona experiências de liderança difíceis de reproduzir no contexto formal de trabalho.
Para as empresas, o ROI é claro: programas de voluntariado com ligação ao desenvolvimento interno tendem a reduzir o turnover e aumentam o compromisso dos colaboradores com a missão corporativa.
No plano humano, a literatura em voluntariado mostra que a qualidade da liderança que dirige esses projetos é decisiva para sua continuidade: estilos de liderança percecionados como justos, inspiradores e facilitadores, favorecem a retenção dos voluntários e a eficácia das ações.
Como pode um líder facilitar esse processo? O papel do líder é essencial: legitimar estas iniciativas, ligá-las ao desenvolvimento interno e reconhecer o seu valor. Mais do que responsabilidade social, trata-se de uma estratégia de liderança. Quando líderes promovem o voluntariado de competências, ganham todos — empresa, colaboradores e sociedade.
Em Portugal, uma das iniciativas que hoje materializa este modelo é o Programa MILES, da Fundação Manuel Violante. Assente no voluntariado de competências, reúne centenas de profissionais de diferentes setores que, como mentores, apoiam organizações sociais em desafios concretos de gestão. É um exemplo claro de como os líderes podem abrir caminho para que as suas equipas cresçam, enquanto ajudam a transformar o setor social.