QSP Summit leva inovação, liderança e cultura empresarial à Exponor

Durante três dias, o Porto acolheu a 17.ª edição da QSP Summit, uma das maiores conferências europeias de estratégia, marketing e liderança. Mais do que um palco de conferências, o evento foi um verdadeiro laboratório de ideias, onde se debateram os desafios da atualidade e as competências chave para liderar no mundo de amanhã.

De 1 a 3 de julho, a Exponor foi palco do QSP Summit, uma iniciativa organizada sob a liderança de Rui Ribeiro, CEO da QSP, que deu destaque às grandes questões da atualidade e a temas sobre o futuro do trabalho, da liderança e da inteligência artificial.  Com milhares de visitantes e centenas de empresas representadas, reuniu oradores de renome nacional e internacional, worklabs com especialistas de diferentes áreas, um vasto espaço de expositores e experiências imersivas.

Logo no primeiro dia, a sessão de abertura começou com Erin Meyer, autora do bestseller “The Culture Map” e “No Rules Rules” e professora na prestigiada INSEAD, que trouxe ao QSP uma análise detalhada sobre como as diferenças culturais afetam a comunicação e o desempenho organizacional. “A chave para liderar equipas globais está na escuta ativa e na consciência intercultural”, sublinhou, perante uma plateia atenta à sua experiência junto de empresas como Netflix e a Renault-Nissan.

A manhã prosseguiu com Angela Lane, especialista em talento e desempenho, que desafiou os líderes presentes a repensarem os modelos tradicionais de avaliação, apelando à humanização da gestão e ao investimento contínuo na capacitação das equipas. “Desempenho de excelência não se trata de controlo, mas sim de clareza, propósito e coaching eficaz”, afirmou.

Dan Cable, professor na London Business School, seguiu-lhe no palco principal com uma abordagem sobre o poder das emoções positivas nas culturas organizacionais. Defensor da liderança inspiradora e da criação de ambientes de trabalho onde os colaboradores possam experimentar, errar e crescer, Dan Cable, autor de “Alive at Work”, reforçou a ideia de que “o entusiasmo e o propósito são as forças transformadoras mais poderosas do que qualquer modelo hierárquico”.

A tarde do primeiro dia ficou marcada pelas intervenções de Heather McGowan e Laura Gassner Otting. A primeira, especialista em futuro do trabalho, afirmou que “o sucesso das organizações dependerá da sua capacidade de aprender continuamente”. Já Laura Otting, autora de “Limitless”, realçou a importância da conexão com o nosso interior para ultrapassar barreiras externas: “A autenticidade é o novo superpoder da comunicação”, disse.

No terceiro e último dia da cimeira, o palco principal acolheu Arun Sundararajan e Hajj Flemings. Sundararajan, referência mundial na regulação da inteligência artificial, abordou o equilíbrio entre inovação e responsabilidade. “Governar a IA (Inteligência Artificial) é garantir que a tecnologia serve a sociedade e não o contrário”, afirmou, lembrando que a confiança será a moeda mais valiosa da nova era digital que se aproxima. Hajj Flemings encerrou, defendendo a integração harmoniosa entre capacidades humanas e potencialidades da IA. “O futuro não é só tecnológico. É humano + IA. É sobre o propósito aumentado por ferramentas”, concluiu.

Conferências e workshops como ponto de encontro na Exponor

Mas o QSP Summit não viveu apenas do grande palco. Paralelamente às conferências principais, dezenas de worklabs agitaram os vários espaços da Exponor, oferecendo momentos de imersão prática aos participantes. Em sessões curtas, de cerca de uma hora, especialistas partilharam conhecimentos que iam desde o “Copywriting Estratégico” com Margarida Camacho, à “Importância do Sono” no desempenho com Henrique Prata Ribeiro, passando pela “Gestão da Ansiedade” com o psiquiatra Diogo Telles Correia, e pelas novas possibilidades do “Investimento Inteligente”, com Bárbara Barroso.

Outros nomes como Eurico Fertuzinhos, Ana Vargas Santos, Ricardo Queirós e Carolina João Fernandes partilharam as suas reflexões sobre produtividade, otimização de processos, saúde digital e atenção plena em tempos de distração digital. Estes worklabs, acessíveis a todos os participantes, mostraram-se como pontos de encontro entre prática e teoria, trazendo para o centro do debate temas como “o bem-estar psicológico, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e a eficiência real das organizações”.

A zona de expositores foi também um dos grandes destaques desta edição. Mais de 130 marcas estiveram presentes, não só para dar a conhecer produtos e serviços, mas também para promover conversas e experiências imersivas com os participantes. Desde start-ups tecnológicas a grandes multinacionais, o espaço de exposição “respirava” inovação e criatividade, com ativações que iam do virtual ao sensorial, “sempre alinhadas com as tendências de consumo” e as novas exigências do mercado.

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