Opinião

Transformar empresas em verdadeiros “game changers”

Miguel Pina Martins, cofundador do Chief Portugal Officers*

Vivemos num mundo onde a diferença entre liderar e seguir está muitas vezes na capacidade de uma empresa se reinventar, inovar e desafiar o status quo. Ser um “game changer” não é apenas uma questão de sorte ou timing, mas sim de estratégias bem definidas e uma cultura empresarial alinhada com a disrupção positiva.

As empresas que redefinem mercados são movidas por uma visão ambiciosa e um propósito claro. Traçam uma visão e mantêm-se fiéis à sua concretização, procurando de forma incessante serem eficientes e sempre focadas nos clientes.

As empresas “game changers” não se acomodam ao sucesso que já têm, escolhem outro caminho, e desafiam-se constantemente a criar algo, promovendo uma cultura de inovação contínua. No meu percurso aprendi que a inovação não vem apenas de grandes ideias revolucionárias, mas surge também da melhoria contínua e da capacidade de testar, falhar rápido e iterar até encontrar soluções verdadeiramente impactantes.

É igualmente fundamental atrair e reter talento que esteja alinhado com a visão da empresa, ter as pessoas certas nos lugares certos. É neste ponto que tantas vezes pode residir o sucesso das empresas. Mais do que fazerem contratações com base nos currículos, as empresas devem procurar perfis que tenham a atitude certa, estejam dispostos a correr riscos e tenham resiliência para enfrentar desafios.

As empresas que lideram mudanças estruturais utilizam a tecnologia de forma estratégica. Desde a inteligência artificial ao e-commerce, a tecnologia é um catalisador de mudança que deve ser potenciado. As empresas devem estabelecer um plano detalhado para a aplicação da tecnologia, que lhes permita alcançarem os seus objetivos e ganharem maior destaque no mercado onde estão inseridas. A inovação tecnológica pode revelar-se um contributo essencial para tornar uma empresa num “game changer”.

Num mundo em constante mudança, a resiliência e a capacidade de adaptação são duas das maiores vantagens competitivas. As empresas “game changers” sabem adaptar-se rapidamente a novos contextos, crises económicas ou avanços tecnológicos inesperados, e são capazes de continuar a progredir, mesmo perante as adversidades.

Os “game changers” são liderados por pessoas visionárias, que inspiram equipas e definem um rumo claro. A liderança forte e inspiradora não significa apenas ter boas ideias, mas também saber comunicar, tomar decisões difíceis e criar um ambiente onde a equipa se sinta motivada a inovar e a ultrapassar desafios.

Em suma, ser um “game changer” é um desafio constante, implica correr riscos, inovar e não ter medo de falhar. Mas, acima de tudo, significa ter um impacto real no mercado e na sociedade. As empresas que conseguem alinhar uma visão forte, que promovem uma cultura de inovação e uma execução disciplinada são aquelas que deixam a sua marca no mundo.

 

* Miguel Pina Martins, fundador da Science4You e cofundador do Chief Portugal Officers

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Miguel Pina Martins

Miguel Pina Martins

Miguel Pina Martins é fundador da Science4You e cofundador do Chief Portugal Officers, uma rede de líderes empresariais que visa apoiar e inspirar outros empreendedores. Licenciado em Finanças, pelo ISCTE, com Mestrado de Gestão na mesma instituição. Desde cedo, a política e a possibilidade de encabeçar os seus próprios projetos foram algo que o cativaram, tendo, desde os 18 anos, liderado projetos concelhios e distritais e sido eleito Deputado municipal no Seixal aos 19 anos de idade. Depois de uma... Ler Mais..

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