Portugal duplamente no top das preferências dos nómadas digitais

Estudo da Flatio mostra Portugal como o destino mais apreciado pelos nómadas digitais. O nosso país está duplamente presente no relatório com a ilha da Madeira, isoladamente, a ser também um dos destaques.

A plataforma Flatio realizou uma pesquisa junto de 1200 pessoas para averiguar os destinos preferenciais dos nómadas digitais, e Portugal surge destacadamente, com 27,1%, na liderança do Top 10. Uma dupla presença, uma vez que a ilha da Madeira, de forma isolada, também está presente no referido top, onde ocupa a 7.ª posição com 3,9%.

Do continente europeu apenas marcam presença neste top da Flatio, a Espanha, a Alemanha e a Roménia. Os restantes destinos estão na América Latina e Ásia.

                                                                           Os destinos favoritos dos nómadas digitais

O relatório analisa também indicadores como as nacionalidades dos nómadas digitais, as suas idades, às áreas em que trabalham e os fatores que valorizam mais nos destinos que escolhem para trabalhar, desde vistos a condições de alojamento, impostos ou custo de vida, por exemplo.

No caso português, mais de 60.9% dos inquiridos acredita que o visto português para nómadas digitais vai beneficiar este tipo de trabalhadores. Recorde-se que Portugal lançou um visto de nómada digital no ano passado. O sol é outro dos fatores que determina a escolha do país, com locais como Ericeira, Lagos, Lisboa e Porto entre os mais destacados.

O estudo revelou que a maioria dos nómadas digitais são dos Estados Unidos da América (37,4%), seguidos do Reino Unido (12,3%) e da Alemanha (5,6%). Mais de metade (52,6%) tem entre 30 e 39 anos, três quartos têm entre 18 e 39 anos (75%) e quase um em cada cinco (19,7%) tem entre 40 e 49 anos.  Além disso, mais de um em cada três (31,5%) são trabalhadores por conta de outrem a tempo inteiro.

A maioria dos participantes no inquérito trabalha nas áreas de TI & Tecnologia (19,3%), marketing, relações públicas, publicidade e comunicação (19,3%), tecnologia e empreendedorismo e negócios (17,2%). O modelo de emprego mais abrangente é o de freelancer (35%).

A Flatio descobriu que 43,4% dos nómadas digitais preferem ficar sozinhos em apartamentos privados (34,7%) ou hotéis (33,8%). Quanto à duração da permanência nos locais, 29,1% fica em cada destino entre um a dois meses, 26% entre três a quatro meses. Curiosamente, e ao contrário dos estereótipos, 25,4% nómadas digitais gastam menos de 700 euros por mês em alojamento e 9,1% gasta mais de 1.400 euros. Encontrar alojamento é a principal dificuldade dos nómadas digitais, seguida de conhecer outras pessoas e fazer novos amigos.

“Olhando para os resultados, sabemos agora que quase metade dos nómadas digitais não quer gastar mais de 800 euros por mês em alojamento, por exemplo. Também identificaram o custo como o fator determinante número um na decisão do seu próximo destino. Além disso, mais de quatro em cada cinco nómadas afirmaram ter em conta o impacto social do local onde estão alojados. Assim, os nómadas digitais são claramente viajantes educados e conscientes dos custos, que têm um grande impacto positivo nos locais que visitam, tanto do ponto de vista económico como também trazem novas competências, ideias e negócios”, conclui Radim Razek, co-fundador da Flatio.

Top 10 de Nacionalidades

Idade dos nómadas digitais

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