Entrevista/ “Mais de 70% do capital do grupo está nas mãos dos colaboradores”

François Pinto, diretor da STEF Portugal

A nova plataforma da STEF no Algarve reforça a cobertura da empresa na distribuição de alimentos sob temperatura controlada e potencia o escoar dos produtos regionais, garante François Pinto. Em entrevista ao Link To Leaders, o diretor da STEF Portugal fala dos projetos e investimentos previstos, e dos principais desafios do setor da logística de frio.

Reforçando a estratégia de investimento em Portugal, a STEF, que presta serviços de logística e de transporte sob temperatura controlada, acaba de inaugurar a sua primeira plataforma própria em Algoz, no Algarve. Esta unidade faz parte de um plano de investimentos do grupo, onde se inclui também a abertura das plataformas de Vila Real e Mangualde, a ampliação da unidade em Coimbra e o aumento da capacidade de armazenamento e transporte nas plataformas de Lisboa e do Porto.

Há cerca de dois anos a liderar o Grupo em Portugal, François Pinto fala do compromisso assumido entre a empresa, os seus colaboradores e o serviço prestado aos clientes.

Atualmente a STEF emprega em Portugal 550 colaboradores, um número que tem vindo a aumentar nos últimos três anos – entre 2016 e 2018 a empresa registou um crescimento de 25%.

A STEF vai inaugurar uma nova plataforma logística em Algoz, no Algarve. Qual é o objetivo?
Esta nova plataforma pretende dotar o Algarve de um dispositivo logístico de qualidade que responda ao desenvolvimento da região, às crescentes necessidades dos clientes, quer em termos de distribuição quer de recolhas, permitindo ainda manter os standards de qualidade nos períodos de forte sazonalidade.

Qual foi o investimento do grupo nesta plataforma?
Esta plataforma representa um dos maiores investimentos da STEF em Portugal nos últimos anos e é o culminar de um alargado plano de investimentos, onde se inclui também a abertura das plataformas de Mangualde e Vila Real, a ampliação da plataforma de Coimbra e o aumento das capacidades das plataformas de Lisboa e Porto.

“A nossa missão é ser o elo de ligação entre a indústria agroalimentar e o consumo, sendo nosso objetivo propor uma gama completa de serviços, que abranjam a globalidade da cadeia de abastecimento”.

A STEF Portugal é especializada na logística sob temperatura controlada, disponibilizando quatro tipos de serviços: o transporte, a logística integrada, os sistemas de informação e os serviços complementares. Quais os serviços que são mais relevantes para o volume de negócios da empresa?
A nossa missão é ser o elo de ligação entre a indústria agroalimentar e o consumo, sendo nosso objetivo propor uma gama completa de serviços, que abranjam a globalidade da cadeia de abastecimento.

Como carateriza o tipo de clientes da STEF Portugal?
Os nossos clientes são os produtores e distribuidores de produtos alimentares, em especial com necessidade de frio, e ainda os atores do mercado da restauração, quer coletiva, quer comercial.

“Dispomos atualmente de 10 plataformas que cobrem integralmente o território nacional e cerca de 230 plataformas espalhadas pelos sete países onde estamos presentes”.

Em que consiste a estratégia da STEF Portugal para dar resposta às necessidades de exportação das empresas nacionais?
Para poder dar resposta às necessidades dos nossos clientes, quer no mercado interno, quer externo apostamos na densificação da nossa rede de plataformas. Dispomos actualmente de 10 plataformas que cobrem integralmente o território nacional e cerca de 230 plataformas espalhadas pelos sete países onde estamos presentes.

Por fazer parte do Grupo STEF, quais são as vantagens que decorrem das sinergias existentes com a casa-mãe?
A grande vantagem de beneficiar de uma rede de plataformas com tanta dispersão como a nossa são a garantia de que os produtos são colocados no destino final num curto espaço de tempo e que todos os requisitos de qualidade, e em especial de temperatura, se encontram salvaguardados.

O setor da logística de frio em Portugal é fortemente competitivo. Como é que a STEF Portugal se posiciona no mercado e quais são os principais fatores de diferenciação face a empresas concorrentes?
A STEF é o grupo líder europeu de transporte e logística sob temperatura controlada. Dispõe de uma ampla rede, com aproximadamente 230 plataformas, presença em 7 países europeus, e mais de 18 mil colaboradores comprometidos com a empresa e com os seus valores – entusiasmo, respeito, rigor e performance.
Por outro lado, mais de 70% do capital do Grupo está nas mãos da sua equipa de gestão e dos seus colaboradores o que demonstra bem o compromisso assumido entre a empresa, os colaboradores e o serviço prestado aos clientes. Estes são alguns dos fatores de diferenciação e de garantia para os nossos clientes.

“A STEF Portugal insere-se no cluster ibérico cujo volume de negócios no ano 2018 foi de 269 milhões de euros, o que representa um crescimento de 9,5% face ao exercício anterior (7,7% a perímetro comparável)”.

A STEF apresentou um volume de negócios consolidado na ordem dos 866 milhões de euros no quarto trimestre de 2018, o que correspondeu a um aumento de 10,5% face ao período homólogo do ano anterior. Qual tem sido o contributo da filial portuguesa para os resultados do Grupo e quais as áreas de maior aposta?
A STEF Portugal insere-se no cluster ibérico cujo volume de negócios no ano 2018 foi de 269 milhões de euros, o que representa um crescimento de 9,5% face ao exercício anterior (7,7% a perímetro comparável).

Quais são, na sua opinião, os principais desafios do setor da logística de frio atualmente em Portugal e quais as estratégias que a STEF Portugal tem delineadas para dar resposta?
Acompanhar a evolução tecnológica, contribuir para um meio ambiente mais saudável e garantir as melhores equipas são os grandes desafios que se apresentam.

Que expetativas de evolução têm para este ano, em termos do Grupo e da filial portuguesa?
Para este ano prevemos manter a dinâmica de crescimento registada nos últimos anos.

Projetos a curto e médio prazo…
O Grupo continua a confiar e a apostar no desenvolvimento do mercado português pelo que se encontram já em análise novos investimentos.

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